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outro lado
Contrato foi aprovado pelo TCE, diz empresa
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente da Cteep, José
Sidnei Colombo Martini, não
quis dar entrevista à Folha. Em
nota, a empresa diz que o contrato com a Alstom foi aprovado pelo Tribunal de Contas do
Estado. De acordo com a nota,
a Eletropaulo assinou o contrato com a Alstom em 1983 para o
projeto Gisel.
Em 1990, segundo a Cteep,
"a Eletropaulo fez aporte de recurso de 318.630 francos franceses (R$ 110 milhões)" para
esse contrato, com a expectativa de obter financiamento internacional, mas o Brasil não
tinha crédito, situação que só
mudou em maio de 1998.
Em outubro de 1999, afirma
a Cteep, "a nova diretoria da
EPTE passou a revisar contratos em andamento. O projeto
Gisel estava em fase final de
montagem de equipamentos
na Alstom França, [com] desembolsos financeiros já realizados e obras civis em atraso,
pois não haviam sido iniciadas.
A análise técnica, jurídica e financeira considerou as penalidades para rescisão do contrato
e a necessidade da entrada em
operação da subestação no sistema elétrico, decidindo pela
continuidade do contrato".
Prossegue a nota: "Em maio
de 2001 - Com obras não concluídas da subestação Miguel
Reale, impedindo a montagem
dos equipamentos, somadas às
cláusulas de que a Eletropaulo
era responsável pelo frete dos
equipamentos e seguro, foi assinado pela EPTE contrato de
R$ 4,82 milhões com a Alstom
para extensão de garantia dos
equipamentos adquiridos, considerando que somente o fabricante do equipamento poderia
dar extensão da garantia e supervisão durante o processo de
armazenamento. O contrato
contemplava: seguro, transporte, acondicionamento em
condições especiais, ensaios
técnicos e revisão pós transporte e armazenamento".
A dispensa de concorrência,
diz a Cteep, foi autorizada com
base no artigo 25 da lei 8.666.
O ex-governador Geraldo
Alckmin (PSDB), vice de Mario
Covas (PSDB) à época, diz que
Martini foi indicado ao cargo
pelo então secretário de Energia, Mauro Arce.
Hoje secretário dos Transportes de José Serra (PSDB),
Arce afirma que indicou Martini porque ele estava desempregado, após deixar a Alstom. Ele
diz ter conhecido Martini na
USP e na Sabesp.
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