São Paulo, sexta-feira, 13 de junho de 2008

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DEM deve punir Feijó apenas com uma advertência

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A disposição do presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), de não dar prosseguimento a debates internos sobre o caso do vice-governador do Rio Grande do Sul, Paulo Afonso Feijó, que grampeou um secretário e vazou o diálogo, não impediu que a Executiva Nacional abrisse ontem processo de análise da expulsão de Feijó do partido.
O senador Heráclito Fortes (PI) apresentou a representação por considerar que o vice foi antiético. A tendência, porém, é que o partido evite a punição máxima, optando por uma advertência.
O relator do processo será o deputado André de Paula (PE). Não há prazo para que apresente o relatório, mas dirigentes do DEM disseram acreditar que em até 15 dias o assunto deverá ser resolvido.
A decisão de Heráclito causou tensão na reunião do DEM, pois o deputado Onyx Lorenzoni (RS) não queria que processo fosse aberto, mas foi voto vencido.
Maia afirmou que a representação tem caráter "simbólico", sinalizando que o partido não deve expulsá-lo. "Não cabe a um vice cumprir um papel que não é dele, mas o melhor é não seguirmos por uma decisão radical."
O DEM divulgou uma nota após a reunião condenando a forma usada por Feijó de gravar e vazar conversas particulares, mas defendendo o combate à corrupção e a quaisquer desvios éticos.
Feijó gravou uma conversa com o então chefe da Casa Civil, Cézar Busatto -que admitiu ao vice que PP e PMDB financiam campanhas eleitorais por meio de recursos de estatais. A gravação da conversa, que foi entregue por Feijó a deputados do PT. (SIMONE IGLESIAS)


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