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DEM deve punir Feijó apenas com uma advertência
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A disposição do presidente
nacional do DEM, deputado
Rodrigo Maia (RJ), de não
dar prosseguimento a debates internos sobre o caso do
vice-governador do Rio
Grande do Sul, Paulo Afonso
Feijó, que grampeou um secretário e vazou o diálogo,
não impediu que a Executiva
Nacional abrisse ontem processo de análise da expulsão
de Feijó do partido.
O senador Heráclito Fortes (PI) apresentou a representação por considerar que
o vice foi antiético. A tendência, porém, é que o partido
evite a punição máxima, optando por uma advertência.
O relator do processo será
o deputado André de Paula
(PE). Não há prazo para que
apresente o relatório, mas dirigentes do DEM disseram
acreditar que em até 15 dias o
assunto deverá ser resolvido.
A decisão de Heráclito
causou tensão na reunião do
DEM, pois o deputado Onyx
Lorenzoni (RS) não queria
que processo fosse aberto,
mas foi voto vencido.
Maia afirmou que a representação tem caráter "simbólico", sinalizando que o
partido não deve expulsá-lo.
"Não cabe a um vice cumprir
um papel que não é dele, mas
o melhor é não seguirmos
por uma decisão radical."
O DEM divulgou uma nota
após a reunião condenando a
forma usada por Feijó de gravar e vazar conversas particulares, mas defendendo o
combate à corrupção e a
quaisquer desvios éticos.
Feijó gravou uma conversa
com o então chefe da Casa
Civil, Cézar Busatto -que
admitiu ao vice que PP e
PMDB financiam campanhas eleitorais por meio de
recursos de estatais. A gravação da conversa, que foi entregue por Feijó a deputados
do PT.
(SIMONE IGLESIAS)
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