São Paulo, sexta-feira, 13 de junho de 2008

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outro lado

Secretária do partido diz que tem como provar que os serviços foram prestados

DA SUCURSAL DO RIO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DO ENVIADO A CAMPINA DO MONTE ALEGRE

A secretária de assuntos jurídicos do PV, Vera Lúcia da Motta, disse que as notas das empresas de Campina do Monte Alegre incluídas nas prestações de contas do partido no TSE se referem a serviços prestados. Afirmou que os impostos foram recolhidos e que o partido tem como comprovar isso.
Vera Lúcia foi indicada pelo presidente nacional do PV, José Luiz Penna, para falar em nome do partido. Ela atribuiu as denúncias a uma disputa interna de poder no partido. Penna disse apenas que "há algum equívoco nessa história".
O pré-candidato do PV à Prefeitura do Rio de Janeiro, Fernando Gabeira, disse que, assim que soube da investigação no TSE, há cerca de quatro meses, pediu à direção do partido uma auditoria na prestação de contas. O resultado, segundo ele, ainda não foi apresentado.
"Estou esperando o resultado da auditoria ou a sentença do tribunal para tomar uma posição", afirmou. "Não conheço os dados, mas, se eu constatar que as acusações são graves, vou pedir o afastamento temporário da direção nacional."
"Se ficar provado que houve irregularidades, o tribunal tem de punir", disse Gabeira, apesar de reconhecer que o corte de recursos do fundo partidário, uma das possíveis conseqüências, o prejudicaria.
"Mas o que prejudica mais é ver esse tipo de notícia sobre o PV, que tem para muita gente uma identificação direta comigo", afirmou o pré-candidato.
O presidente do Diretório Municipal do PV em São Paulo, Carlos Galeão Camacho, disse não ter condições de falar sobre a prestação de contas da Executiva Nacional, mas afirmou que jamais organizou um esquema de fraudes e de empresas fantasmas. Diácono da Igreja Católica, ele é conhecido no PV como padre Camacho. Disse que trabalhou em Campina do Monte Alegre a convite do prefeito eleito em 1982, Carlos Eduardo Ribeiro, cassado em 2003 sob a acusação de irregularidades administrativas.
Segundo Camacho, não houve empresas fantasmas em Campina do Monte Alegre. Camacho disse que as firmas foram atraídas pela "alíquota diferenciada do ISS [Imposto sobre Serviços]", de 0,5%.
Questionado sobre a razão de não haver instalações físicas das empresas na cidade, respondeu: "O que é instalação física? No século 21 não se tem mais a característica da bancada de trabalho. A empresa tinha um local de uso polivalente".
O dirigente do PV paulistano reconhece ser réu em processos por peculato e falsidade ideológica, mas rechaça as acusações. "Peculato é desvio de finanças. Eu não era responsável por finanças", afirmou ele.


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