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outro lado
Secretária do partido diz que tem como provar que os serviços foram prestados
DA SUCURSAL DO RIO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DO ENVIADO A CAMPINA DO MONTE ALEGRE
A secretária de assuntos jurídicos do PV, Vera Lúcia da
Motta, disse que as notas das
empresas de Campina do Monte Alegre incluídas nas prestações de contas do partido no
TSE se referem a serviços prestados. Afirmou que os impostos
foram recolhidos e que o partido tem como comprovar isso.
Vera Lúcia foi indicada pelo
presidente nacional do PV, José Luiz Penna, para falar em
nome do partido. Ela atribuiu
as denúncias a uma disputa interna de poder no partido. Penna disse apenas que "há algum
equívoco nessa história".
O pré-candidato do PV à Prefeitura do Rio de Janeiro, Fernando Gabeira, disse que, assim que soube da investigação
no TSE, há cerca de quatro meses, pediu à direção do partido
uma auditoria na prestação de
contas. O resultado, segundo
ele, ainda não foi apresentado.
"Estou esperando o resultado da auditoria ou a sentença
do tribunal para tomar uma posição", afirmou. "Não conheço
os dados, mas, se eu constatar
que as acusações são graves,
vou pedir o afastamento temporário da direção nacional."
"Se ficar provado que houve
irregularidades, o tribunal tem
de punir", disse Gabeira, apesar
de reconhecer que o corte de
recursos do fundo partidário,
uma das possíveis conseqüências, o prejudicaria.
"Mas o que prejudica mais é
ver esse tipo de notícia sobre o
PV, que tem para muita gente
uma identificação direta comigo", afirmou o pré-candidato.
O presidente do Diretório
Municipal do PV em São Paulo,
Carlos Galeão Camacho, disse
não ter condições de falar sobre
a prestação de contas da Executiva Nacional, mas afirmou que
jamais organizou um esquema
de fraudes e de empresas fantasmas. Diácono da Igreja Católica, ele é conhecido no PV
como padre Camacho. Disse
que trabalhou em Campina do
Monte Alegre a convite do prefeito eleito em 1982, Carlos
Eduardo Ribeiro, cassado em
2003 sob a acusação de irregularidades administrativas.
Segundo Camacho, não houve empresas fantasmas em
Campina do Monte Alegre. Camacho disse que as firmas foram atraídas pela "alíquota diferenciada do ISS [Imposto sobre Serviços]", de 0,5%.
Questionado sobre a razão de
não haver instalações físicas
das empresas na cidade, respondeu: "O que é instalação física? No século 21 não se tem
mais a característica da bancada de trabalho. A empresa tinha
um local de uso polivalente".
O dirigente do PV paulistano
reconhece ser réu em processos por peculato e falsidade
ideológica, mas rechaça as acusações. "Peculato é desvio de finanças. Eu não era responsável
por finanças", afirmou ele.
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