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Virgílio admite deixar relatoria por abertura da CPI da Petrobras
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O senador Arthur Virgílio
(PSDB-AM) já fala em deixar o
cargo de relator da CPI das
ONGs para viabilizar um acordo que permita a instalação da
CPI da Petrobras.
"É uma coisa que pode até
acontecer [deixar o cargo de relator], mas não será um acordo
tão simples", afirmou.
Na próxima terça-feira, Virgílio vai ao plenário do Senado
para discursar sobre o que considera ser fundamental investigar nas ONGs do país. No mesmo dia, ele realiza uma reunião
com toda a cúpula tucana e lideranças do DEM, inclusive da
Câmara, para fechar o discurso.
A ideia é não dar mais pretextos para o governo adiar a instalação da CPI da Petrobras.
O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), disse
que a decisão tomada pelo relator será acatada, mesmo que a
oposição fique sem nenhum
cargo de comando na CPI da
Petrobras. "Vamos achar uma
solução que deixe claro que são
eles [aliados ao governo] que
não querem a CPI".
"Nunca vi tanta resistência
[em instalar a CPI]. Alguém
tem de ceder, porque o impasse
é muito ruim para todos nós,
inclusive para o Legislativo como um todo", completou o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).
A nova revelação de que existem atos secretos no Senado
também pode ser usada como
uma cartada por PSDB e DEM
para pressionar o governo a
instalar a CPI da Petrobras.
Alguns congressistas apostam que o PMDB e, principalmente o presidente do Senado,
José Sarney (PMDB-AP), optem por instalar a comissão rapidamente como forma de retirar do foco as irregularidades
em nomeações e os benefícios
aos servidores da Casa.
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