São Paulo, sábado, 13 de junho de 2009

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Virgílio admite deixar relatoria por abertura da CPI da Petrobras

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) já fala em deixar o cargo de relator da CPI das ONGs para viabilizar um acordo que permita a instalação da CPI da Petrobras.
"É uma coisa que pode até acontecer [deixar o cargo de relator], mas não será um acordo tão simples", afirmou.
Na próxima terça-feira, Virgílio vai ao plenário do Senado para discursar sobre o que considera ser fundamental investigar nas ONGs do país. No mesmo dia, ele realiza uma reunião com toda a cúpula tucana e lideranças do DEM, inclusive da Câmara, para fechar o discurso.
A ideia é não dar mais pretextos para o governo adiar a instalação da CPI da Petrobras.
O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), disse que a decisão tomada pelo relator será acatada, mesmo que a oposição fique sem nenhum cargo de comando na CPI da Petrobras. "Vamos achar uma solução que deixe claro que são eles [aliados ao governo] que não querem a CPI".
"Nunca vi tanta resistência [em instalar a CPI]. Alguém tem de ceder, porque o impasse é muito ruim para todos nós, inclusive para o Legislativo como um todo", completou o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).
A nova revelação de que existem atos secretos no Senado também pode ser usada como uma cartada por PSDB e DEM para pressionar o governo a instalar a CPI da Petrobras.
Alguns congressistas apostam que o PMDB e, principalmente o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), optem por instalar a comissão rapidamente como forma de retirar do foco as irregularidades em nomeações e os benefícios aos servidores da Casa.


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