São Paulo, domingo, 13 de julho de 2008

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Queiroz diz ter sido vítima de "intimidação"

EM SÃO PAULO

No relatório que produziu, o delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz afirma ter sofrido "intimidação, vigilância ilegal, forte poder [de] pressão psicológica e de corrupção" nas investigações da Operação Satiagraha.
Sem citar nomes ou esclarecer se estava se referindo à corporação, o delegado escreveu apenas que informou "o acontecido à Justiça Federal, ao Ministério Público Federal e aos colegas da Polícia Federal, que ora auxiliam no presente caso, a fim de ser apurado em instrumento próprio tais condutas".
"Alguns expedientes normais dentro do funcionamento das respectivas organizações criminosas [foram usados], destacando aqui intimidação, vigilância ilegal, forte poder [de] pressão psicológica e de corrupção, sem mencionar outros tantos instrumentos usados", escreveu o delegado da PF.
Segundo o relatório, "os áudios captados revelam exaustivamente a necessidade de impedir o trabalho em andamento, seja por meio de contatos, corrupção, vigilância ilegal e ameaças veladas".
Disse ainda que o "que se revelou até agora foi um jogo sujo e perigoso para os que servem ao Estado e à sociedade". "Em especial, o signatário desta que, devido às contingências, encontra-se trabalhando de forma cautelosa, a fim de evitar o mal maior."
O delegado escreve que "a organização criminosa" teme apenas a ação da PF, "mais precisamente a execução dos trabalhos pelo autor da presente" e pelo juiz Fausto De Sanctis.


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