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Presidente do
banco diz que
ato foi político
DA FOLHA ONLINE
O presidente da Caixa
Econômica Federal, Jorge
Mattoso, disse ontem que a
ordem de apreender documentos na sede da instituição teve origem política. Autorizada pela 10ª Vara da
Justiça Federal, a Polícia Federal realizou uma operação
de busca e apreensão sede
do banco.
"Sinto que existe uma motivação política. Estamos em
período pré-eleitoral", disse
Mattoso, em São Paulo.
Ele não disse, entretanto,
os nomes dos interessados
em usar essas informações
para fins políticos. "Não conheço a orientação política
dos procuradores. Por isso
não posso dizer quem seriam os interessados [em
usar as informações para
fins políticos]", afirmou
Mattoso.
A operação da Polícia Federal foi comandada pelo
delegado Antonio Cesar Nunes, que preside o inquérito
que apura o envolvimento
do ex-assessor parlamentar
da Casa Civil Waldomiro Diniz com a multinacional
Gtech, responsável pelo processamento de dados das loterias da Caixa.
Segundo Mattoso, os policias pediram documentos
sobre a entrada e saída de
pessoas na sede da Caixa,
num determinado período
do ano. Também pediram a
agenda detalhada do presidente e dos vice-presidentes
do banco. Essa agenda contém informações sobre os
encontros ocorridos em
abril de 2003, quando foi renovado o contrato entre a
Caixa e a Gtech, que presta
serviços de informática para
as loterias.
"A Caixa não tem problema em ceder esses documentos. O banco sempre
que solicitado cedeu essas
informações", disse.
Mattoso afirmou ainda
que essa apreensão já foi tentada antes. "O que estão fazendo agora já foi feito, só
que de forma ilegal. Essa
apreensão agora está sendo
feito de forma legal."
Ele disse que já conversou
com o ministro da Justiça,
Marcio Thomaz Bastos, sobre o caso. "Se houver medida judicial cabível, nós vamos tomá-la."
(FABIANA FUTEMA)
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