DA SUCURSAL DO RIO

O deputado federal Marcelo Ortiz (PV-SP) afirmou que é advogado pessoal do empresário Telerson Penido e que esteve na fazenda para verificar o que estava acontecendo.
Segundo disse, o fato de ter recebido procuração para representar o fazendeiro não significaria que advogou contra interesses públicos. ""Não tomei nenhum procedimento judicial contra União", declarou.
Ortiz disse que fará representação contra o Ministério do Trabalho e contra a Polícia Federal. O deputado afirmou que um agente da PF teria ficado com uma metralhadora em punho próximo de suas costas. "Nunca passei por situação semelhante, nem durante a ditadura militar'", disse.
Segundo Ortiz, a fazenda tem 170 funcionários registrados em carteira, e os 32 apontados pela fiscalização trabalhavam por empreitada, sem vínculo trabalhista com a fazenda. "Eles tinham aparência saudável. Não pareciam escravos."
O deputado disse que o empresário Telerson Penido "tem o coração maior do que o peito" e seria incapaz de manter trabalho escravo na fazenda.
Segundo o Ministério do Trabalho, da fazenda Roncador, de Penido, a fiscalização retirou 32 pessoas, entre elas seis adolescentes, que dormiam no chão, em barracos de plástico sem paredes, não tinham água potável, carteira assinada ou liberdade para deixar a área.


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