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Candidatos fogem de temas polêmicos
Apenas o candidato tucano a presidente, Geraldo Alckmin, respondeu a todas as questões feitas na pesquisa Datafolha
Lula, Alckmin e Heloísa são contra reduzir a maioridade penal; tucano se diz contra a pena de morte e a liberação do aborto e da maconha
ROGÉRIO PAGNAN
DA REPORTAGEM LOCAL
Os três principais candidatos
à Presidência -Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSDB) e Heloísa Helena
(PSOL)- foram consultados
sobre os polêmicos temas abordados na pesquisa Datafolha,
mas apenas o tucano respondeu a todas as perguntas.
A Folha enviou dois questionários para os candidatos, sem
informá-los da pesquisa de intenção de votos, em datas distintas. Um questionário tratava
apenas da maioridade penal. O
outro abrangia os temas restantes: maconha, aborto e pena
de morte, não respondidos pelo
presidente nem pela senadora.
Lula, em resposta assinada
pela comissão de Programa de
Governo, se declarou contrário
à redução da maioridade. "Tais
propostas advêm da cultura do
medo diante da violência urbana e da crise da segurança pública e são baseadas em argumentos distorcidos."
Assim também disseram
pensar o tucano e a candidata
do PSOL. "A defesa da redução
da idade penal é um ataque
frontal à premissa em que se
baseia o Estatuto da Criança e
do Adolescente", diz Heloísa.
Apesar disso, o Datafolha revela que a maioria (84%) da população brasileira é favorável
que seja reduzida de 18 para 16
anos a maioridade penal.
Alckmin está com a maioria
em dois dos quatro temas respondidos por ele. É contrário à
descriminalização da maconha
e, ainda, à mudança na lei do do
aborto. "Acho que, antes de ser
crime ou pecado, é uma questão de consciência", afirmou o
tucano sobre o aborto. Questionado sobre a maconha, disse
que nunca usou a droga.
O ex-governador está com a
minoria, porém, quando o assunto é a pena de morte, além
da redução da maioridade penal. A maioria (51%) disse que
votaria, se consultada, a favor
da adoção da pena máxima.
"Uma condenação à morte é,
antes de tudo, um gesto de vingança e o Estado se igualaria a
criminosos", disse Alckmin.
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