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Ministros dizem que debate sobre tortura seguirá
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Um dia após o presidente Lula ter cobrado o fim
da polêmica com militares
sobre a punição a torturadores da ditadura, os ministros Tarso Genro (Justiça) e Paulo Vannuchi
(Direitos Humanos) disseram ser impossível colocar
um ponto final no debate,
que seguirá na sociedade e
no Judiciário.
"O Judiciário, sim, é a
instância para trabalhar,
protestar, encaminhar, arbitrar e decidir em última
instância sobre isso. Então, nesse sentido, o debate não tem como ser interditado", disse Vannuchi.
"O secretário de direitos
humanos de qualquer partido, de qualquer governo,
de qualquer país, deixará
de ser secretário de direitos humanos se aceitar a
idéia de que o tema da tortura não deve ser trabalhado", completou, em fala na
reunião do CDDPH (Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana).
O ministro da Justiça
afirmou que suas últimas
declarações, somadas às
falas dos comandantes das
Forças Armadas, "colocam um ponto final na
questão no âmbito do Ministério da Justiça", mas
que "o debate seguirá na
sociedade civil". Para ele, o
debate é mais amplo do
que a Lei da Anistia.
(ANDRÉA MICHAEL E EDUARDO SCOLESE)
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