DA REPORTAGEM LOCAL

Procurada no final da noite de ontem, a coordenação da campanha de José Serra (PSDB) afirmou que as afirmações de Luis Favre são mentirosas e que o candidato não faria comentários a respeito do caso.
No início da noite, antes de um evento na Congregação Israelita Paulista, Serra afirmou, ao comentar o resultado da pesquisa Datafolha, que se considera "o último cidadão de São Paulo a achar que a eleição está decidida". Disse que "nada mudará" na estratégia da campanha e que o resultado da pesquisa é apenas "um estímulo".
Durante o evento, em que respondeu a perguntas, Serra atacou a administração de Marta Suplicy. Afirmou que a atual gestão é usada para "servir ao partido" e que o PT "usa a máquina".
"O que sempre me impressiona, no caso do PT no governo, não é aquele [lema] "Não tenha medo de ser feliz". É "Não tenha medo de usar a máquina". É uma coisa desinibida. O que para a gente, para os tucanos, era motivo de tortura, de autotortura, "puxa, será que aqui tem problema, puxa, tá usando isso e aquilo", eles fazem com uma soltura, com uma desinibição, uma coisa realmente assombrosa."
Ao responder sobre seu conceito de ética, Serra também atacou a gestão Marta. "O poder tem que ser usado como instrumento de servir à comunidade, e não ao partido ou a um grupo de indivíduos, coisa que a cidade de São Paulo tem se especializado."
Serra disse que a prefeitura "gasta mal" os recursos públicos. Citou um gasto de "R$ 20 milhões para estudar como será o sistema de transportes do Fura-Fila, que não existe".
"No que se refere à transparência da administração atual, em que o princípio não é a transparência, é a opacidade", afirmou o candidato.
Serra voltou a dizer que vê no PT uma "tendência totalitária uma espécie de bolchevismo". Mas, para ele, "sem utopia".


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