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Defesa quer extinguir ações fora do país
LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
A defesa de Paulo Maluf
iniciou uma batalha jurídica internacional para tentar extinguir processos
abertos em outros países
sob o argumento de que o
ex-prefeito já responde a
acusações similares no
Brasil, não podendo ser
punido duas vezes por um
mesmo fato, ainda que em
territórios diferentes.
Maluf é alvo de processos, no Brasil e no exterior,
por supostos crimes envolvendo a saída ilegal de
valores do Brasil (segundo
o Ministério Público, verba desviada da Prefeitura
de São Paulo durante a
gestão dele -1993 a 1996)
e o uso de instituições bancárias estrangeiras para
"esconder" o dinheiro.
O primeiro Judiciário
estrangeiro a receber o pedido da defesa foi a ilha de
Jersey, no canal da Mancha, que bloqueou US$ 22
milhões atribuídos ao ex-prefeito e iniciou um processo para decidir se devolve o valor ao Brasil.
Os advogados argumentam que, na 4ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, já existe uma ação civil
pedindo o retorno do dinheiro aos cofres públicos,
devendo, portanto, o magistrado de Jersey se declarar sem competência e
enviar o caso para o Brasil.
O mesmo pedido será
enviado à Justiça americana, onde Maluf foi indiciado por suposta movimentação ilegal de dinheiro.
Para o Ministério Público, os advogados querem
evitar a eficiência das cortes internacionais, muito
mais céleres em dar veredictos que a Justiça brasileira, onde os processos
tardam tanto para serem
julgados que prescrevem.
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