São Paulo, segunda-feira, 13 de outubro de 2003 |
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DIREITOS HUMANOS Para advogado, visitas da ONU só podem ser tomadas como afrontas à soberania por desconhecimento Representante da ONU rebate as críticas
TIAGO ORNAGHI Agência Folha - O Judiciário brasileiro criticou a sugestão da ONU de fazer uma inspeção neste poder. Foi dito que isso seria uma interferência na soberania nacional. Como o senhor vê o caso? Roberto Garretón - NMNão há forma de isso ser uma intervenção na soberania. Devemos entender que a ONU não é nada mais do que a reunião dos países que a formam. É o papel da organização fiscalizar os países e preparar relatórios. Se os países não quiserem a presença da ONU, basta dizer: "Não venham". É simples. Mas qualquer um que diga que sugestões ou visitas que partem de autoridades da ONU são interferências na soberania de um país demonstra um grande desconhecimento da natureza desta organização. Agência Folha - Na América Latina temos problemas com a restrita
ação do Estado em pontos de fronteira, o que permite o fortalecimento do crime organizado em
áreas como as fronteiras amazônicas e a Tríplice Fronteira. Qual a sua
opinião sobre esse problema? Agência Folha - No Brasil, instituições policiais são acusadas de
desrespeito aos Direitos Humanos,
com abusos de autoridade e tortura. Como combater essa prática? |
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