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APARECIDA
Serra segue Alckmin em cerimônia, mas não acompanha orações
Tucano vai à missa, mas não canta
DA REPORTAGEM LOCAL
Entre o católico praticante
Geraldo Alckmin e o judeu Walter Feldman, o candidato José
Serra assistiu ontem à missa para celebrar o Dia da Padroeira
do Brasil, em Aparecida (SP).
Dizendo-se católico, com comunhão e "tudo direitinho",
Serra orou de mão erguida, mas
não ousou cantar nem acompanhou todas as orações.
Incentivado por Alckmin, Serra seguiu, encabulado, os passos
do governador. Nem sempre
sincronizado. Na saída da basílica, em que negou qualquer intenção eleitoral, ele disse que estava "bastante à vontade" lá e
que foi à terceira vez que acompanhou a missa em Aparecida.
Mas admitiu um desconforto: o
de ter "toda a imprensa em cima
olhando cada mexida de um
músculo do meu rosto". Cerca
de 150 mil pessoas foram ontem
à basílica para acompanhar as
homenagens a Nossa Senhora.
Serra brincou que não pediu à
padroeira a Prefeitura de São
Paulo, mas que "ficaria muito
feliz se fosse concedida". Mesmo sem a mesma desenvoltura
de Alckmin -que fez até leitura
na cerimônia -, Serra tem formação católica: fez a primeira
comunhão na escola onde estudou na Mooca. Na universidade, aproximou-se da Juventude
Universitária Católica.
O gesto contido na missa é
prova do cuidado de quem não
pode cometer deslizes na reta final. O tucano fez questão de
chegar à cidade 15 minutos antes de Alckmin. Serra também
se negou a assinar abaixo-assinado contra o uso de embriões
como células-tronco para constituição de tecidos humanos. Ao
grupo de Católicos Contra o
Aborto, disse que precisaria
consultar o PSDB.
Durante a missa, a cantora
baiana Maria Bethânia interpretou trechos de canções, entre
elas "Romaria". (CATIA SEABRA)
Colaborou a Agência Folha
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