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Senador mostrou alívio e amargor após se licenciar
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente licenciado do
Senado, Renan Calheiros, está se sentindo "aliviado" e
"amargurado", mas emite sinais de estar um "pouco fora
da realidade". Essa é a definição do humor do peemedebista feita por amigos que estiveram com ele no dia em
que pediu licença.
Logo após o anúncio de sua
licença, Renan recebeu aliados em sua casa anteontem à
noite. A eles, disse que acredita em sua volta à presidência do Senado no fim de novembro, quando acaba seu
período de afastamento.
Segundo seus amigos, era
mais uma demonstração de
sua dificuldade em aceitar
que perdeu o controle do
processo. Durante a reunião
com aliados na quinta-feira à
noite, Renan comentou ter
optado pela licença de 45
dias para não ficar "vulnerável". Se tirasse 120 dias, disse, tinha a convicção de que
seria "abandonado" pelo governo e aliados e acabaria
cassado.
Agora, o presidente licenciado do Senado pode usar o
prazo de 45 dias como uma
ameaça ao Palácio do Planalto. Caso se sinta isolado, ele
poderá reassumir a cadeira e,
antes de ser cassado, tumultuar a votação da CPMF.
Renan conta com o apoio
do presidente Lula e de alguns tucanos, como o governador Teotonio Vilela (AL),
para preservar seu mandato.
Ele tem a esperança de
que, com a licença, o PT possa voltar a ficar a seu lado por
determinação do presidente.
Mas sabe que os petistas se
unirão à oposição na exigência de sua renúncia ao cargo.
Renan decidiu recolher-se
para evitar constrangimentos públicos. Desistiu de ir a
uma festa na quinta-feira à
noite na casa do ex-presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) Reginaldo
de Castro, para a qual havia
confirmado presença.
Ontem, Renan disse a auxiliares que passaria o feriado em Brasília, mas não recebeu aliados em casa. Embora
a imprensa tenha permanecido durante todo o dia em
frente à residência do senador, nenhum assessor confirmou que ele estava lá.
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