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Foco
Longe da eleição, políticos deixam de comparecer ao santuário de Aparecida
FÁBIO AMATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM APARECIDA
A missa solene na Basílica
Nacional de Aparecida (SP)
em homenagem a Nossa Senhora, que nas campanhas
eleitorais costuma atrair a
presença de nomes de destaque na política nacional, foi
acompanhada neste ano só
por políticos regionais.
Em 2006 a situação foi diferente. Estiveram na missa
do dia 12 de outubro o então
candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, o
então governador paulista
Cláudio Lembo (DEM), o
prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), e o senador Eduardo Suplicy (PT).
Em 2005, compareceram
à cerimônia os tucanos Alckmin e José Serra, que na época disputavam a indicação
do PSDB para a candidatura
à Presidência. Os dois também estiveram em Aparecida em 2004, ano de eleições
municipais, quando Serra se
elegeu prefeito de São Paulo.
O arcebispo de Aparecida,
dom Raymundo Damasceno
Assis, disse ontem que não
enxerga no esvaziamento
um indício de que os políticos participem das homenagens a Nossa Senhora apenas quando há perspectiva
de ganho eleitoral e atribui a
ausência à crise no Senado.
Disse porém esperar "que
agora o Congresso possa
funcionar e as acusações
possam ser apuradas".
"Tivemos menos autoridades aqui hoje [ontem],
sem dúvida nenhuma. Quem
sabe devido a essa crise pela
qual passa o Congresso Nacional", disse d. Raymundo.
O arcebispo, porém, disse
esperar uma explicação para
a ausência do governador
José Serra, que havia confirmado a participação na missa. "Ele [Serra] havia confirmado a sua presença. Talvez
ele ainda nos dê uma justificativa de por que não veio". A
assessoria do governador
disse que Serra em momento
nenhum confirmou sua presença e que a ida dele a Aparecida nem sequer estava
prevista em sua agenda.
Até o meio-dia de ontem, o
Santuário Nacional de Aparecida havia recebido 150
mil pessoas. A previsão era
que o movimento chegasse a
cerca de 160 mil romeiros,
mesmo número de 2006.
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