São Paulo, sábado, 13 de outubro de 2007

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Foco

Para ex-homem forte de Macedo, igreja enfrentará problemas para crescer

DA REPORTAGEM LOCAL

Quem ajudou a transformar a Igreja Universal em um império religioso e midiático vê limites para a sua contínua ascensão.
Segundo Ronaldo Didini, 49, ex-coordenador político da Universal e ex-porta-voz do bispo no 25ª Hora, na TV Record, outras igrejas estão assumindo entre os fiéis o papel que a igreja liderada por Edir Macedo possuía no começo dos anos 90.
Ele destaca especialmente a Igreja Mundial do Poder de Deus, em São Paulo, liderada por um dissidente da Universal, o apóstolo Valdemiro Santiago. "Ela é o maior avivamento que tem hoje, lembra a Universal dos primórdios, tem um número impressionante de milagres."
Além disso, ele destaca que as igrejas evangélicas não vão continuar crescendo em ritmo acelerado por muito tempo. "As pessoas vão ser mais exigentes, a geração de evangélicos já vai querer algo mais do que uma cura, do que um bem material."
Ele era o responsável pelas negociações entre a Universal e os políticos, mas hoje acha um erro lançar a candidatura de bispos e pastores. "É trazer a sujeira da política para dentro da igreja", diz ele, que ainda discorda do apoio de Macedo ao aborto.
Didini saiu da Universal em 1997, após se desentender com Macedo, e hoje mora em Portugal, onde está à frente da sua instituição, a Igreja do Caminho. Ele diz não guardar rancor do bispo. "Queira ou não, ele é um vencedor."
(LEANDRO BEGUOCI)


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