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AVANÇA BRASIL
Governo lança comerciais publicitários sem ter toda a verba garantida
Campanha deve custar R$ 13 mi
AUGUSTO GAZIR
da Sucursal de Brasília
O governo federal começa a veicular em rádio e TV, provavelmente na semana que vem, os comerciais publicitários do programa Avança Brasil, lançado há dois
meses e meio pelo presidente Fernando Henrique Cardoso.
A campanha, orçada em R$ 13
milhões, ainda não tem todos os
recursos garantidos. Segundo o
secretário de Comunicação do
governo, Andrea Matarazzo, faltam ainda, por exemplo, R$ 3 milhões para exibir a propaganda
em jornais, revistas e outdoors.
Matarazzo afirmou que a campanha ideal custaria R$ 20 milhões. "Mas não há dinheiro",
completou. Em 1997, a previsão
orçamentária para a publicidade
do programa Brasil em Ação era
de R$ 33 milhões, em dois anos.
A campanha do Avança Brasil,
que prevê os projetos para os próximos quatro anos, terá como lema "Antes colocamos o Brasil em
ação, agora avança Brasil". Ela é
financiada por Petrobras, Eletrobrás, Caixa e Banco do Brasil.
Na definição de Matarazzo, foi
um "parto" arrumar os recursos e
colocar a campanha no ar. "Viabilizar recursos não foi uma coisa
simples. Houve resistências de algumas empresas, porque já havia
uma programação própria, um
planejamento anterior. Tivemos
de fazer um enorme remanejamento", afirmou.
A propaganda vai mostrar imagens das obras e dos projetos que
estão em andamento, inseridos
no programa. "O objetivo é mostrar os eixos de desenvolvimento
e seus benefícios sociais", disse.
Os comerciais regionais vão ser
narrados por comunicadores locais e se concentrar nos projetos
da região. De acordo com Matarazzo, a campanha regional ainda
não tem todos os recursos garantidos. Sua assessoria não soube
precisar quanto falta para isso.
Cada estatal vai financiar os comerciais que têm a ver com seus
projetos específicos. A agência
responsável pela campanha é a
Propeg, que faz as campanhas do
Ministério do Orçamento.
Matarazzo defendeu que a Secretaria de Comunicação tenha
orçamento próprio e deixe de depender dos recursos de estatais, o
que agilizaria a publicidade do
governo. "A comunicação é fundamental. É necessário reformatar a estrutura da secretaria e centralizar recursos", completou.
Sobre a dificuldade para a liberação de recursos, a reportagem
da Folha consultou as assessorias
de imprensa das estatais. Segundo a Petrobras, a companhia tem
interesse nos comerciais e não
houve atraso no financiamento
deles. As outras empresas não
responderam.
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