São Paulo, Sábado, 13 de Novembro de 1999
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AVANÇA BRASIL
Governo lança comerciais publicitários sem ter toda a verba garantida
Campanha deve custar R$ 13 mi

AUGUSTO GAZIR
da Sucursal de Brasília

O governo federal começa a veicular em rádio e TV, provavelmente na semana que vem, os comerciais publicitários do programa Avança Brasil, lançado há dois meses e meio pelo presidente Fernando Henrique Cardoso.
A campanha, orçada em R$ 13 milhões, ainda não tem todos os recursos garantidos. Segundo o secretário de Comunicação do governo, Andrea Matarazzo, faltam ainda, por exemplo, R$ 3 milhões para exibir a propaganda em jornais, revistas e outdoors.
Matarazzo afirmou que a campanha ideal custaria R$ 20 milhões. "Mas não há dinheiro", completou. Em 1997, a previsão orçamentária para a publicidade do programa Brasil em Ação era de R$ 33 milhões, em dois anos.
A campanha do Avança Brasil, que prevê os projetos para os próximos quatro anos, terá como lema "Antes colocamos o Brasil em ação, agora avança Brasil". Ela é financiada por Petrobras, Eletrobrás, Caixa e Banco do Brasil.
Na definição de Matarazzo, foi um "parto" arrumar os recursos e colocar a campanha no ar. "Viabilizar recursos não foi uma coisa simples. Houve resistências de algumas empresas, porque já havia uma programação própria, um planejamento anterior. Tivemos de fazer um enorme remanejamento", afirmou.
A propaganda vai mostrar imagens das obras e dos projetos que estão em andamento, inseridos no programa. "O objetivo é mostrar os eixos de desenvolvimento e seus benefícios sociais", disse.
Os comerciais regionais vão ser narrados por comunicadores locais e se concentrar nos projetos da região. De acordo com Matarazzo, a campanha regional ainda não tem todos os recursos garantidos. Sua assessoria não soube precisar quanto falta para isso.
Cada estatal vai financiar os comerciais que têm a ver com seus projetos específicos. A agência responsável pela campanha é a Propeg, que faz as campanhas do Ministério do Orçamento.
Matarazzo defendeu que a Secretaria de Comunicação tenha orçamento próprio e deixe de depender dos recursos de estatais, o que agilizaria a publicidade do governo. "A comunicação é fundamental. É necessário reformatar a estrutura da secretaria e centralizar recursos", completou.
Sobre a dificuldade para a liberação de recursos, a reportagem da Folha consultou as assessorias de imprensa das estatais. Segundo a Petrobras, a companhia tem interesse nos comerciais e não houve atraso no financiamento deles. As outras empresas não responderam.


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