DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

Polêmico, o projeto de lei que prorroga a validade dos atuais contratos de concessão da exploração dos pedágios em rodovias será o primeiro teste da governadora Yeda Crusius (PSDB) desde a crise política que começou no ano passado.
A tucana foi emparedada por um escândalo de corrupção que começou com a descoberta de uma fraude de R$ 44 milhões em novembro do ano passado.
O desvio no Detran do Rio Grande do Sul foi o ponto de partida de uma CPI que acabou levando Yeda a trocar o núcleo político de seu governo, após as suspeitas de envolvimento de auxiliares diretos com a fraude.
Para minimizar as resistências, o projeto dos pedágios sofreu alterações às vésperas de chegar à Assembléia: a criação de novos postos de cobrança foi suprimida. Yeda também enviou junto um plano de obras viárias a serem executadas pelas concessionárias a fim de angariar a simpatia dos prefeitos.
Para ser aprovado, o projeto precisa de maioria simples em uma sessão com pelo menos 28 deputados. A base governista na Assembléia é composta por 34 dos 55 deputados, mas isso não significa aprovação tranqüila da proposta.
Deputados do PP e PMDB, os dois maiores aliados de Yeda, e do DEM, partido do vice-governador Paulo Feijó (adversário da tucana), prometeram votar junto com a oposição.
Mesmo com uma base ampla, a governadora já amargou derrotas em projetos prioritários, como a rejeição de um pacote que aumentava impostos. (GR)


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