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Ministério afirma que extradição abrirá precedentes
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Ministério da Justiça publicou ontem em sua página na
internet um aviso sobre as possíveis consequências de uma
decisão pela extradição do italiano Cesare Battisti.
Caso a decisão seja esta, o
Brasil descumpriria "a regra
prevista na Convenção da ONU
de 1951, ratificada pelo Brasil,
que impede a extradição de refugiados, além de ser um precedente para ações similares em
outros países", diz o texto.
A nota afirma que hoje países
deixam de recorrer a cortes Supremas porque a lei impede a
entrega de refugiados. Diz ainda que processos de extradição
são arquivados quando há o reconhecimento do refúgio por
parte do Poder Executivo.
Ir na linha contrária seria
acabar com a "estabilidade jurídica e social que caracterizam e
sustentam o refúgio", afirma.
A nota faz referência a uma
possível avalanche de processos de extradição de refugiados
no país. "O Brasil deverá receber mais pedidos de extradição
de outros refugiados", diz.
"Segundo informações do
Comitê Nacional para Refugiados, representantes de diversos
países, principalmente da
América Latina, já sinalizaram
interesse em cassar o refúgio de
seus nacionais."
Ao final da nota, o ministério
reforça a legalidade da concessão do refúgio a Battisti, "por
conta do "fundado terror de
perseguição'".
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