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Acusado precisa continuar preso, diz Promotoria
DA REPORTAGEM LOCAL
Os três promotores criminais de Santo André que denunciaram Sérgio Gomes da
Silva como um dos mandantes do assassinato do prefeito Celso Daniel (PT) defenderam a manutenção da prisão preventiva do empresário. A Promotoria listou
quatro argumentos para que
o empresário aguarde na
prisão uma decisão judicial
pelo crime de homicídio.
O primeiro ponto, considerado o mais importante, é
assegurar a proteção de testemunhas ouvidas durante a
investigação da morte de
Daniel. Segundo o promotor
Amaro José Thomé Filho, as
testemunhas estão assustadas, alegam que sentem medo e descrevem ameaças recebidas dentro do sistema
penitenciário: "Temos informações seguras de ameaças
recebidas por testemunhas".
A própria morte de Dionízio de Aquino Severo, apontado como o elo entre o empresário e a quadrilha da favela Pantanal, foi interpretada como um aviso. Severo
foi morto dentro de uma penitenciária após afirmar que
tinha informações sobre a
morte do prefeito Celso Daniel. Outra morte foi a de
Manoel Sérgio Estevam, que
abrigou Severo em seu apartamento nos dias subsequentes à ação contra o prefeito de Santo André. Estevam foi morto a tiros em setembro do ano passado.
Os promotores defendem
também a igualdade de tratamento entre os acusados.
Além de Gomes da Silva, outros sete homens da favela
Pantanal, acusados pela
morte, estão presos.
Outro argumento é o fato
de o homicídio qualificado
ser considerado hediondo
pela legislação. No caso de
Gomes, a Promotoria listou
três agravantes: financiar o
crime, impossibilitar a defesa da vítima e assegurar a
execução de outros crimes
(corrupção na prefeitura).
O último ponto é a falta de
comprovação de residência
fixa de Gomes. Ele não deu
nenhum endereço.
(LC)
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