São Paulo, terça-feira, 13 de dezembro de 2005

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PAINEL

Temos que pegar
O PT está eufórico. Acredita ter achado na movimentação financeira de Lúcio Funaro, ex-sócio da Guaranhuns e amigo do ex-tesoureiro tucano Ricardo Sérgio, o veio que arrastaria o PSDB para o olho do furacão.

Lista telefônica
Em reuniões com assessores da CPI dos Correios, a tropa de choque petista preparava ontem dezenas de requerimentos ampliando as quebras de sigilos de pessoas ligadas a Funaro e a corretoras que operaram com fundos de pensão no governo Fernando Henrique Cardoso.

Prova dos nove
O acirramento da disputa PT-PSDB a partir da abertura da caixa preta dos fundos de pensão pode resultar no tão ensaiado acordo para encerrar antecipadamente a CPI. O comportamento dos tucanos na votação dos requerimentos, quinta, indicará se a pizza está no forno.

Primeiro e último
A oposição se dará por satisfeita com a ida do diretor de Liquidações do Banco Central, Gustavo do Vale, à CPI dos Correios hoje. Antes, os parlamentares falavam em chamar outros dois diretores do BC para tratar do lobby de Marcos Valério e do Banco Rural na instituição.

Sopa no mel
Petistas de São Paulo festejam a perspectiva de fracasso na negociação Estado-prefeitura para integrar o metrô ao sistema do bilhete único. O eventual descumprimento da promessa de 2004 servirá de munição contra José Serra ou Geraldo Alckmin.

Simples assim
Em resposta a Lula, segundo quem a oposição é "golpista", o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen, desdenha da aflição do Planalto em relação ao Orçamento: "Quer aprovar? Então faça maioria, arranje quórum e vote. Eu, que sou oposição, vou para a praia".

Primeira classe
Entre 2003 e 2004, o BNDES liberou mais recursos para a obra de ampliação do metrô de Caracas que para todos os projetos metroviários do Brasil. A ampliação da linha 4 da capital venezuelana recebeu US$ 73,4 mi do banco a partir de 2003.

Tem para todos
Em resposta a pedido de informação de Rodrigo Maia (PFL-RJ), o BNDES disse que obras nos metrôs do Rio e de SP receberam R$ 84,14 mi. O metrô de Caracas tem outro financiamento aprovado de US$ 78 mi, ainda não liberados, para a linha 3.

Outro lado
Na resposta, o BNDES diz que não financia obras do metrô de Caracas, e sim a exportação de bens e serviços brasileiros.

Feira livre 1
O novo hit na "grampolândia" baiana é Xuxu Too Much, codinome usado pelo autor de gravações que revelaram suposto tráfico de influência na eleição do novo presidente do TJ da Bahia, Benito Figueiredo.

Feira livre 2
O grampo, destacado pelos veículos de comunicação de Antonio Carlos Magalhães (PFL) mostra até a entrega de presentes a desembargadores. Benito Figueiredo derrotou o irmão do senador na disputa no TJ.

Visitas à Folha
Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Douglas De Felice, secretário de Imprensa do Senado.
 
Orlando Miranda Ferreira, candidato a presidente da Associação de Delegados de Polícia do Estado de São Paulo, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Levino Manoel Ribeiro, vice da chapa, e de Nicodemus Pessoa, da SPGA Consultoria de Comunicação.

TIROTEIO

Do deputado Antonio Carlos Pannunzio (PSDB-SP) sobre o assessor presidencial Marco Aurélio Garcia, que justificou documento do PT contra a política econômica alegando que o partido "não pode se comportar como vaca de presépio":
-Acho que o PT está mais para raposa no galinheiro.

CONTRAPONTO

Olho vivo

Sexta-feira, em evento no Paraná, Geraldo Alckmin se encontrou com Gustavo Fruet e foi logo contando uma história sobre o pai do deputado tucano, Maurício Fruet, morto em 1999.
Deputados federais no final dos anos 80, eles se avistaram certa vez no gramado em frente a apartamentos funcionais. Alckmin, que trazia a tiracolo Francisco Küster (PSDB), disse:
-Venha conhecer um amigo, o Maurício Fruet.
Quando Küster, deputado estadual em Santa Catarina, já estava próximo de Fruet, o paranaense começou a gritar:
-Pare, pelo amor de Deus!
-O que foi? -, quis saber um assustado Küster.
-Você vai pisar nas minhas lentes de contato, elas caíram!
Enquanto Küster se abaixava para iniciar a procura na grama, Alckmin, que já conhecia a fama de Fruet, ria sozinho. O paranaense não usava lentes.


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