|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Outro lado
Senador nega ter ajudado a pagar defesa
DO ENVIADO A NATAL
O senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) disse que não colaborou com
pagamento a advogados
que assumiram a defesa de
servidores e empresários
acusados de desvios no
programa do leite.
"Eu não paguei, não. Na
fita eu até admiti, porque
se tratava de uma pessoa
que eu achei que estava
sendo envolvida injustamente. Então eu admitia
isso na fita", disse. Garibaldi defendeu o programa e os acusados. "Se você
quiser, pode dispor da investigação, você vai ver
que sobre isso não há nada. Há um ex-secretário de
Estado do meu governo
que foi denunciado pelo
Ministério Público por ter
dispensado uma licitação.
Se essa dispensa foi ou não
legal, é uma discussão puramente de interpretação
jurídica, com argumentos
a favor e contra. Mas não
há qualquer acusação de
ordem ética ou de improbidade. Com relação ao
programa do leite, não há
nada que conste com relação ao meu governo. Eu
não sou nem citado nessa
denúncia", declarou.
O presidente do TCE,
Paulo Roberto Chaves Alves, disse que não deu dinheiro para a contratação
dos advogados. "Eu não
entrei com nada, entendeu? Eu não contribuí
com nada". Ele disse ter sido procurado por pessoas
com quem teve relacionamento em anos anteriores.
"Eu fui secretário de
Trabalho e Ação Social e
eu que criei o programa do
leite, durante mais de dois
anos, então tive relacionamento com essas pessoas.
O que aconteceu foi no ano
de 2002. Agora, as pessoas
me procuram, eu não vou
deixar de atender as pessoas com quem tenho relacionamento." Ele afirmou
que as pessoas o procuraram: "É, me ligaram. Queriam falar com o senador,
queriam... Mas eu não
queria me estender [na
entrevista] muito não, sabe? Já sou conselheiro, tal,
tô noutra há muito tempo.
Qualquer pessoa pode me
procurar, ter relacionamento e amizade, eu não
vou deixar de prestar solidariedade às pessoas que
conheço. Mas não houve
mais do que isso".
À Justiça, o empresário
José Mariano Neto negou
todas as acusações. O advogado José Daniel Diniz
disse ter sido "procurado
apenas pelo meu cliente,
José Mariano Neto": "Como advogado e cidadão, lamento que um telefonema
de um advogado para um
cliente seja interceptado
-eu sei que foi com autorização judicial- e o que é
pior, seja divulgado. Tanto
foi interceptado que você
teve conhecimento dele".
Texto Anterior: Garibaldi é citado em ação no Supremo Próximo Texto: Análise: Compromisso com Planalto sela eleição de potiguar Índice
|