São Paulo, Sexta-feira, 14 de Janeiro de 2000


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Após vitória, partido faz pedidos

da Sucursal de Brasília

No dia seguinte à vitória do governo na Câmara, a base aliada cobrou a fatura. O líder do PFL, Inocêncio Oliveira (PE), levou ao ministro Aloysio Nunes Ferreira (Secretaria Geral da Presidência) um conjunto de folhas de papel soltas com reivindicações de deputados de seu partido.
Em sessão na noite de anteontem, a Câmara aprovou o projeto de emenda constitucional que cria a DRU (Desvinculação de Recursos da União) depois de atender reivindicações de alguns parlamentares e de prometer soluções para pedidos de outros deputados da base aliada. O projeto era considerado o mais importante pelo governo durante a convocação extraordinária.
Inocêncio não revelou os pedidos, mas disse que eram reivindicações de 15 deputados.
Para evitar possíveis transtornos em novas votações, o PFL montou um esquema de acompanhamento dos trabalhos dos ministérios. Inocêncio vai indicar deputados, que ficarão responsáveis pelas informações de cada uma das pastas.
"O deputado irá contar o que está acontecendo no ministério -como está a liberação de recursos para a safra agrícola, por exemplo-, ao mesmo tempo em que acompanha a liberação de emendas e observa o atendimento aos parlamentares do partido", afirmou Inocêncio.
O atraso na liberação de emendas e a falta de respostas aos pedidos dos parlamentares são reclamações constantes dos deputados aliados ao presidente. Durante a votação na noite de anteontem, 27 pefelistas se rebelaram contra o governo, ameaçando a aprovação do projeto, porque não recebem atenção do governo.
O líder do governo na Câmara, Arnaldo Madeira (PSDB-SP), reconhece que há problemas de relacionamento entre os ministros e os parlamentares. "Há insatisfação. Há insuficiências no atendimento", afirmou.
Para o líder do PSDB, deputado Aécio Neves (MG), há uma desorganização no processo de atendimento e de liberação de emendas orçamentárias.
O líder afirmou que alguns ministérios privilegiam parlamentares ligados política e pessoalmente ao ministro.
(DENISE MADUEÑO)

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