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Comissão mista do Congresso irá acompanhar investigação do caso
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
As investigações sobre o assassinato de irmã Dorothy Stang serão acompanhadas por uma comissão mista do Congresso. A decisão foi tomada ontem pelo presidente do Senado, José Sarney
(PMDB-AP), e por Renan Calheiros (PMDB-AL), que deve ser
eleito hoje o sucessor de Sarney.
Sugerida por Calheiros, a criação da comissão tem o apoio do
presidente da Câmara, João Paulo
Cunha (PT-SP). Seus integrantes
devem ser definidos hoje.
O ministro da Coordenação Política, Aldo Rebelo (PC do B-SP),
disse que o governo irá prender os
responsáveis pelo assassinato de
Dorothy. "O governo vai mobilizar todos os recursos ao seu alcance para esclarecer definitivamente o assassínio, prender e punir os autores e os mandantes,
porque o crime é tipicamente encomendado", disse. Segundo ele,
o governo não tinha conhecimento das ameaças feitas à freira.
Para João Paulo, "o governo deve interromper negociações" relacionadas a problema de madeireiros até que se solucione o caso.
O deputado federal Fernando
Gabeira (PV-RJ) anunciou que
deve viajar hoje, logo após as eleições para as presidências da Câmara e do Senado, para Altamira
e Anapu, onde Dorothy foi morta.
"A intenção inicial é percorrermos Altamira e Anapu, cujo crescimento populacional supera o de
qualquer outra região do país,
mas sem qualquer acompanhamento por órgãos do governo."
Colunista da Folha, o deputado
abordara, em artigo publicado no
último sábado, a tensão entre os
madeireiros e a população local.
"O governo tem que se colocar
de forma mais decidida. O que
não pode é ela [Dorothy] anunciar que seria assassinada e o governo responder que criaria um
grupo de trabalho", afirmou.
Colaborou PEDRO DANTAS, da Sucursal do Rio
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