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Após Bush, EUA mandam outros enviados ao Brasil
País receberá ao menos mais dois membros do primeiro escalão do governo
Relação do país com o Brasil é do tipo que os EUA "têm com muito poucos países do mundo, de agenda global", afirma norte-americano
SÉRGIO DÁVILA
DE WASHINGTON
O Brasil será um dos principais destinos de autoridades do
governo norte-americano em
2007. Quem afirma é o subsecretário de Estado para Assuntos Políticos dos EUA, Nicholas
Burns, que acaba de voltar de
viagem por Brasil e Argentina.
O número três da chancelaria norte-americana falava da
viagem que o presidente dos
EUA, George W. Bush, faz a
partir de 8 de março a cinco
países da América Latina, com
início em São Paulo, onde se
encontra com o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva. "Vocês vão ver muitas outras visitas do gabinete", disse ontem a
jornalistas reunidos no Departamento de Estado.
Segundo Burns, Bush virá
junto com a secretária de Estado, Condoleezza Rice, e sua visita deve ser seguida pela viagem ao Brasil do secretário de
Segurança Nacional, Michael
Chertoff, e do secretário da
Saúde, Mike Leavitt.
Após dizer, em tom de brincadeira, que autoridades locais
brincaram com ele ao dizer que
ele chegou uma semana adiantado, referindo-se ao Carnaval,
Burns informou que pretende
voltar algumas vezes ao país
durante o ano.
A "blitzkrieg" do alto comando dos EUA ao país não ocorre
pelo que se chama de perda de
terreno dos EUA na região para
países como a China nem à tentativa de neutralizar o venezuelano Hugo Chávez, afirmou
Burns, mas porque "2007 é o
ano do compromisso dos EUA
com a América Latina", disse.
Tal compromisso não ocorreu antes pelo número de países que passaram por eleições
em 2006, explicou o diplomata.
A relação com o Brasil, disse
ele, é do tipo que os EUA "têm
com muito poucos países do
mundo, de agenda global" -os
outros seriam Japão e Índia.
A ofensiva norte-americana
-estiveram no país nos últimos dias Burns, Thomas Shannon, responsável pela América
Latina do Departamento de Estado, e o procurador-geral, Alberto Gonzales- já rende comentários irônicos na imprensa local. Um colunista do "Washington Post" chamou a viagem de Gonzales de "curiosamente desimportante".
Burns não deu a agenda específica do encontro dos dois presidentes, mas adiantou que o
"grande tema" será mesmo
uma parceria entre os dois países para produção e distribuição regional do etanol e o investimento em pesquisas.
Bush pode não ir a bordo do
avião presidencial AirForce
One, que passa por reparos,
mas sim no AirForce Two, usado pelo vice, Dick Cheney.
Indagado sobre a ausência da
Argentina no roteiro -Bush visita Brasil, Uruguai, Colômbia,
Guatemala e México-, Burns
disse que a agenda foi uma
combinação de países que fizeram convites (como o Brasil)
com países aos quais os EUA
deviam uma visita (como o México). Segundo ele, as relações
com a Argentina "vêm melhorando muito."
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