DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em resposta às críticas da oposição, que considerou eleitoreiro o encontro nacional dos prefeitos que ocorreu nesta semana em Brasília, o Planalto divulgou ontem um balanço do evento.
O DEM pediu ao TCU (Tribunal de Contas da União) que analise suposto uso indevido de imagem e recursos públicos para a realização do encontro, que teve custo final de R$ 253 mil.
O partido estuda, em conjunto com o PSDB, ingressar na Justiça por propaganda eleitoral antecipada da campanha da ministra Dilma Rousseff à sucessão de 2010.
Olavo Noleto, subchefe adjunto de assuntos federativos da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência, disse que não foi feito um levantamento do número de prefeitos da oposição que assinaram presença, mas que tucanos e democratas participaram até mesmo da elaboração do documento discutido durante o encontro. Segundo o governo, 5.300 prefeitos de todos os partidos participaram do evento.
"Eles que me desculpem, mas chega a ser ridículo [dizer que é eleitoreiro]."
Sobre a participação da ministra Dilma, que discursou ao lado do presidente, ele afirmou que quase todos os ministros compareceram. "Eu acho que é legítimo que vocês [a imprensa] deem mais visibilidade para um ministro ou uma ministra, mas todos tiveram a mesma participação", disse.
Segundo Noleto, os gastos foram com infraestrutura. No total, 15 mil pessoas participaram. "Comprar papel higiênico para 15 mil pessoas não é qualquer coisa", disse.
Durante o evento, o presidente Lula criticou a imprensa por dizer que o encontro tinha tom eleitoral. "Disseram que é um ato para promover dona Dilma Rousseff. São pessoas pequenas. Eu, graças a Deus na minha vida, nunca tive favor de ser eleito porque a imprensa me ajudou", discursou.


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