São Paulo, domingo, 14 de março de 2004

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Caso dá fôlego para oposição insistir na CPI

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), avalia que os depoimentos de dois dirigentes da GTech à Polícia Federal anteontem podem dar novo alento às tentativas da oposição de pôr em funcionamento uma CPI para o caso Waldomiro Diniz.
Para Virgílio, a menção dos depoentes a um ex-assessor do ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) na Prefeitura de Ribeirão Preto põe o governo em uma situação delicada, mas com a qual terá necessariamente que lidar.
"Não há dúvida de que isso é grave, mexe com a economia, com um ministro que é visto como sério e importante para a credibilidade do governo. Mas não dá para fingir que não aconteceu, e eles têm de enfrentar isso com coragem", afirmou.
O senador chega a ironizar a ampliação das suspeitas. "Que nome vai ter essa CPI? Será só a CPI do Waldomiro?", questiona Virgílio, para quem "o governo está muito frágil".

Assinaturas
Segundo ele, a coleta de assinaturas para a instalação da comissão recomeça nesta segunda-feira. O líder tucano dá como certas e imediatas as adesões de pelo menos 22 dos 81 senadores, embora admita que não saiba quanto tempo será necessário para chegar aos 27 nomes necessários.
Nos últimos dias, o governo conseguiu derrubar duas CPIs apoiadas pela oposição, uma para investigar os bingos e outra sobre a suposta ligação entre a morte do prefeito petista de Santo André, Celso Daniel, com um esquema de corrupção.
Para Virgílio, os argumentos oficiais contra as CPIs estão desmoralizados. "Todas as falácias que eles usaram estão caindo por terra, a começar pela história de que o caso Waldomiro era anterior ao governo Lula."


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