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CPI perde pesquisa após computador ter sido desligado
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O relator da CPI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), disse ontem que a comissão perdeu o
trabalho feito até agora para
a identificação de novos parlamentares que teriam se beneficiado do esquema do
"mensalão. Isso porque uma
central de computador foi
desligada no fim de semana.
Um técnico da CPI estava
alimentando o programa
"I2" com o nome de todos os
assessores de deputados e
senadores. O objetivo era fazer um cruzamento para verificar se eles sacaram dinheiro das contas do publicitário Marcos Valério ou se
receberam depósitos.
"Alguém inadvertidamente ou de propósito desligou a
central do I2 e perdemos o
serviço. Estamos realimentando o sistema, o que vai levar dois dias", disse Serraglio. Segundo ele, há um aviso, na tela do computador,
para não desligá-lo sob pena
de perder o trabalho. Faltam
oito dias para a apresentação
do relatório final.
O relator disse, entretanto,
que até agora não havia surgido o nome de nenhum outro parlamentar além dos 19
já listados pela CPI no final
de agosto. "Tem o caso do
Nilton Baiano [PP-ES]", diz.
O nome de Baiano apareceu em outro processo: as
investigações de supostos
desvios de dinheiro de fundos de pensão para o "valerioduto". Seu assessor de
imprensa Renato Paolielo
recebeu R$ 100 mil, no dia 28
de julho de 2004, da corretora Euro, que operava para as
entidades de previdência.
A investigação em relação
à Euro estava limitada por
uma liminar do Supremo
Tribunal Federal que impedia a divulgação de seus dados bancários pela CPI. A
medida foi derrubada.
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