São Paulo, terça-feira, 14 de março de 2006

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CPI perde pesquisa após computador ter sido desligado

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O relator da CPI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), disse ontem que a comissão perdeu o trabalho feito até agora para a identificação de novos parlamentares que teriam se beneficiado do esquema do "mensalão. Isso porque uma central de computador foi desligada no fim de semana.
Um técnico da CPI estava alimentando o programa "I2" com o nome de todos os assessores de deputados e senadores. O objetivo era fazer um cruzamento para verificar se eles sacaram dinheiro das contas do publicitário Marcos Valério ou se receberam depósitos.
"Alguém inadvertidamente ou de propósito desligou a central do I2 e perdemos o serviço. Estamos realimentando o sistema, o que vai levar dois dias", disse Serraglio. Segundo ele, há um aviso, na tela do computador, para não desligá-lo sob pena de perder o trabalho. Faltam oito dias para a apresentação do relatório final.
O relator disse, entretanto, que até agora não havia surgido o nome de nenhum outro parlamentar além dos 19 já listados pela CPI no final de agosto. "Tem o caso do Nilton Baiano [PP-ES]", diz.
O nome de Baiano apareceu em outro processo: as investigações de supostos desvios de dinheiro de fundos de pensão para o "valerioduto". Seu assessor de imprensa Renato Paolielo recebeu R$ 100 mil, no dia 28 de julho de 2004, da corretora Euro, que operava para as entidades de previdência.
A investigação em relação à Euro estava limitada por uma liminar do Supremo Tribunal Federal que impedia a divulgação de seus dados bancários pela CPI. A medida foi derrubada.


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