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Outro diretor do Senado cai após denúncia
João Carlos Zoghbi, ligado ao presidente da Casa, José Sarney, cedeu apartamento funcional para familiares
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Mais um diretor do Senado
foi afastado ontem. João Carlos
Zoghbi, da diretoria de Recursos Humanos da Casa, foi exonerado após a revelação de que
ele cedeu um apartamento funcional para parentes que não
trabalhavam no Congresso.
Segundo reportagem do jornal "Correio Braziliense", ele
mora numa casa no Lago Sul,
área nobre de Brasília, e não no
apartamento funcional, cedido
ao servidor desde 1999.
Há duas semanas, Agaciel
Maia, então diretor-geral do
Senado, também deixou o cargo após a Folha revelar que ele
não registrou em cartório uma
casa avaliada em R$ 5 milhões.
Assim como Agaciel, Zoghbi,
que é ligado ao grupo do presidente da Casa, José Sarney
(PMDB-AP), estava no cargo
há 15 anos e não é concursado,
mas ganhou estabilidade com a
Constituição de 88. Ele permanecerá como funcionário.
O Senado não informou se
será aberto processo administrativo contra o servidor, mas a
Folha apurou que o caso deve
ser encerrado porque ele devolveu o apartamento. Agaciel
tampouco sofrerá processo.
Ontem, mais cinco senadores
formalizaram decisão de estornar o valor pago aos servidores
de seus gabinetes de hora extra
no período de janeiro. São eles:
Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Roseana Sarney (PMDB-MA), Serys Slhessarenko (PT-MT), Pedro Simon (PMDB-RS)
e Augusto Botelho (PT-RR).
Agora somam 11 os senadores -de um total de 81- que
determinaram aos funcionários a devolução do benefício.
Conforme a Folha revelou, o
Senado pagou, no mínimo,
R$ 6,2 milhões de hora extra
para 3.883 servidores pelo período do recesso, em janeiro.
A ordem para o pagamento
foi dada pelo senador Efraim
Morais (DEM-PB), então primeiro-secretário da Mesa, que
vem sendo poupado pelos colegas depois de dizer no plenário
que todos os gabinetes pagaram a hora extra.
O senador Jarbas Vasconcelos cobrou ontem da tribuna
que a Mesa Diretora revogue o
ato tomado pelo primeiro-secretário, "em uma decisão uniforme que resulte na devolução
dos pagamentos feitos indevidamente".
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