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Folha lança "Manual da Redação" 2010
Nova versão está adaptada às normas do Acordo Ortográfico, que vigora desde 2009
Principais mudanças estão no anexo gramatical, cujas tabelas de acentuação e uso do hífen visam resposta rápida a dúvidas frequentes
DA REDAÇÃO
A Folha lançou neste mês a
versão 2010 de seu "Manual da
Redação", inteiramente adaptada às normas do Acordo Ortográfico que começou a vigorar no Brasil em 2009, com período de transição até 2012.
Embora as 392 páginas da
obra tenham sido revisadas, as
principais modificações estão
no anexo gramatical, cujas tabelas de acentuação e uso do
hífen visam responder rapidamente a dúvidas frequentes
suscitadas pelas novas regras.
Thaís Nicoleti de Camargo,
consultora de língua portuguesa do grupo Folha-UOL e uma
das pessoas responsáveis pelo
anexo gramatical, diz que as
mudanças tornaram o manual
"mais didático e de compreensão imediata". "A tabela de hifens foi a mais trabalhosa."
Outras mudanças de conteúdo estão no anexo jurídico, revisto pelos advogados Luís
Francisco Carvalho Filho e
Taís Gasparian. Nele, foram alterados os verbetes referentes
à Lei de Imprensa, revogada
pelo Supremo em 2009, e à
obrigatoriedade do diploma
em jornalismo para exercer a
profissão, também derrubada
pelo STF no ano passado.
Referência
A versão 2010 do "Manual da
Redação" atualiza a que foi lançada em 2001, a quarta desde o
início do projeto editorial da
Folha (as anteriores datam de
1984, 1987 e 1992). Segundo a
Publifolha, que edita a obra, foram 52 mil exemplares vendidos de 2001 até abril de 2009.
Ana Busch, diretora-executiva da Publifolha, diz que grande
parte do público do manual é
formada por estudantes e profissionais de comunicação.
"Mas também há forte interesse de qualquer um que precise
lidar com texto no dia a dia." A
média anual de venda do livro,
afirma Busch, varia muito pouco, o que demonstra seu status
de obra de referência na área.
Para Sérgio Dávila, que assume amanhã o cargo de editor-executivo da Folha, as vendas
"impressionam num país em
que um livro é best-seller a partir de 5.000 cópias e mostram o
interesse que o manual continua a despertar para além da
comunidade jornalística".
Segundo Dávila, embora com
foco na reforma, a atualização
reflete o desejo do jornal de fazer do manual "não uma tábua
de leis imutável e dogmática,
mas um organismo vivo e atento às mudanças no jornalismo".
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