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Novo editor-executivo começa amanhã
Jornalista Sérgio Dávila substitui Eleonora de Lucena, que exerceu a função na Folha durante dez anos
DA REDAÇÃO
O jornalista Sérgio Dávila,
44, assume a partir de amanhã
o cargo de editor-executivo da
Folha, subordinado ao diretor
de Redação, Otavio Frias Filho.
Dávila substitui a jornalista
Eleonora de Lucena, que exerceu a função durante dez anos
-de janeiro de 2000 até o final
de janeiro deste ano.
Eleonora de Lucena marcou
a sua gestão pela ênfase na interpelação dos Poderes, zelando pela aplicação dos princípios
do projeto editorial da Folha
-apartidarismo, pluralidade e
espírito crítico. Colunistas renomados, como Danuza Leão,
o economista Albert Fishlow, a
senadora Marina Silva e o ensaísta Nelson Ascher, entre outros, passaram a escrever ou
escreveram na Folha.
O jornal venceu uma crise financeira que afetou o setor no
início da década, cobriu duas
eleições presidenciais, duas
Copas do Mundo e a sagração
do atual papa. Preparou-se a
reformulação editorial que será implantada em maio.
Sob sua coordenação, a Folha fez edições marcantes, como a do ataque terrorista em
Nova York e Washington, em 11
de setembro de 2001, e deu furos históricos, como a revelação do mensalão -o maior escândalo dos governos Lula-
em reportagem de Renata Lo
Prete de junho de 2005.
Eleonora está em período sabático até o final do ano, convidada a ser correspondente do
jornal em Washington. O posto
de correspondente da Folha na
capital dos EUA foi ocupado
durante a maior parte da última década por Sérgio Dávila.
O novo editor-executivo cobriu como repórter o 11 de Setembro, além das eleições de
George W. Bush e Barack Obama. Foi, também, o único repórter brasileiro em Bagdá durante a Guerra do Iraque, o que
resultou no livro "Diário de
Bagdá" (2003).
Dávila foi editor da Ilustrada (1996 a 2000) e repórter especial (2003 a 2004 e 2005 a
2006). Em 2004, estudou na
universidade Stanford, na Califórnia (EUA). Está na Folha
desde 1993. Segundo o novo
editor-executivo, cabe ao jornal "continuar a ser o principal
produtor de informação de
mais qualidade e de maior impacto na agenda política, econômica e cultural".
Na nova função, ele pretende
"consolidar a reformulação
editorial em curso, baseada em
informações e enfoques exclusivos e em textos sintéticos e
analíticos, e fazer os meios papel e on-line conversarem mais
entre si".
Outras mudanças
A Folha promoveu outras
mudanças no comando da Redação. Os jornalistas Vinicius
Mota, 36, e Rogério Gentile, 36,
exercem desde 1º de fevereiro
as funções de secretários de Redação das áreas de Produção e
Edição, respectivamente. Coordenam as editorias, as sucursais
e os repórteres especiais.
Ex-editor das seções Mundo
e Opinião, Mota substituiu o
jornalista Vaguinaldo Marinheiro, que assumirá o posto
de correspondente da Folha
em Londres a partir de julho.
Ex-editor da coluna Painel e
do caderno Cotidiano, Gentile
assumiu as funções que eram
da jornalista Suzana Singer.
Ela será ombudsman da Folha
a partir de 24 de abril, no lugar
de Carlos Eduardo Lins da Silva, que prepara um livro sobre
jornalismo a ser publicado pela
Publifolha.
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