São Paulo, domingo, 14 de março de 2010

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Novo editor-executivo começa amanhã

Jornalista Sérgio Dávila substitui Eleonora de Lucena, que exerceu a função na Folha durante dez anos

DA REDAÇÃO

O jornalista Sérgio Dávila, 44, assume a partir de amanhã o cargo de editor-executivo da Folha, subordinado ao diretor de Redação, Otavio Frias Filho. Dávila substitui a jornalista Eleonora de Lucena, que exerceu a função durante dez anos -de janeiro de 2000 até o final de janeiro deste ano.
Eleonora de Lucena marcou a sua gestão pela ênfase na interpelação dos Poderes, zelando pela aplicação dos princípios do projeto editorial da Folha -apartidarismo, pluralidade e espírito crítico. Colunistas renomados, como Danuza Leão, o economista Albert Fishlow, a senadora Marina Silva e o ensaísta Nelson Ascher, entre outros, passaram a escrever ou escreveram na Folha.
O jornal venceu uma crise financeira que afetou o setor no início da década, cobriu duas eleições presidenciais, duas Copas do Mundo e a sagração do atual papa. Preparou-se a reformulação editorial que será implantada em maio.
Sob sua coordenação, a Folha fez edições marcantes, como a do ataque terrorista em Nova York e Washington, em 11 de setembro de 2001, e deu furos históricos, como a revelação do mensalão -o maior escândalo dos governos Lula- em reportagem de Renata Lo Prete de junho de 2005.
Eleonora está em período sabático até o final do ano, convidada a ser correspondente do jornal em Washington. O posto de correspondente da Folha na capital dos EUA foi ocupado durante a maior parte da última década por Sérgio Dávila.
O novo editor-executivo cobriu como repórter o 11 de Setembro, além das eleições de George W. Bush e Barack Obama. Foi, também, o único repórter brasileiro em Bagdá durante a Guerra do Iraque, o que resultou no livro "Diário de Bagdá" (2003).
Dávila foi editor da Ilustrada (1996 a 2000) e repórter especial (2003 a 2004 e 2005 a 2006). Em 2004, estudou na universidade Stanford, na Califórnia (EUA). Está na Folha desde 1993. Segundo o novo editor-executivo, cabe ao jornal "continuar a ser o principal produtor de informação de mais qualidade e de maior impacto na agenda política, econômica e cultural".
Na nova função, ele pretende "consolidar a reformulação editorial em curso, baseada em informações e enfoques exclusivos e em textos sintéticos e analíticos, e fazer os meios papel e on-line conversarem mais entre si".

Outras mudanças
A Folha promoveu outras mudanças no comando da Redação. Os jornalistas Vinicius Mota, 36, e Rogério Gentile, 36, exercem desde 1º de fevereiro as funções de secretários de Redação das áreas de Produção e Edição, respectivamente. Coordenam as editorias, as sucursais e os repórteres especiais.
Ex-editor das seções Mundo e Opinião, Mota substituiu o jornalista Vaguinaldo Marinheiro, que assumirá o posto de correspondente da Folha em Londres a partir de julho.
Ex-editor da coluna Painel e do caderno Cotidiano, Gentile assumiu as funções que eram da jornalista Suzana Singer. Ela será ombudsman da Folha a partir de 24 de abril, no lugar de Carlos Eduardo Lins da Silva, que prepara um livro sobre jornalismo a ser publicado pela Publifolha.


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