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PREFEITURA
Prefeito crê que pode inverter situação no plenário, na terça
Pitta confirma encontro
com vereador petebista
CHICO DE GOIS
da Reportagem Local
O prefeito Celso
Pitta (PTN) deixou
a prefeitura ontem,
por volta de 9h30, já
sabendo que não
teria a maioria na
comissão especial que analisou o
pedido de impeachment protocolado pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). O prefeito disse
que o vereador Natalício Bezerra
(PTB) foi pessoalmente a seu gabinete comunicar-lhe que votaria
com a oposição e aprovaria o pedido de impeachment.
"Foi uma decisão político-pessoal do vereador", afirmou o prefeito no início da noite, em entrevista coletiva. "Ele argumentou
que não poderia votar pelo arquivamento do pedido da OAB porque seus eleitores diziam esperar
que ele votasse pelo prosseguimento do processo", disse Pitta.
O prefeito afirmou que Bezerra
o procurou "de livre e espontânea
vontade" e negou que tenha partido do Executivo o pedido para
que o vereador ainda participasse
de uma última negociação. "Ouvi
suas explicações, embora não as
tenha aceitado; mesmo assim,
deixei que ele tomasse a decisão
que lhe conviesse."
Ao chegar à reunião da comissão especial na Câmara, Bezerra
se dirigiu a Wadih Mutran (PPB),
presidente da comissão, e pediu
para lhe falar em particular.
Pela manhã, além de Bezerra, o
próprio Mutran e Brasil Vita
(PPB), relator do processo, estiveram no Palácio das Indústrias. O
prefeito disse que os dois conversaram com Meinberg e que só Bezerra o procurou pessoalmente.
Apesar de Bezerra já ter conversado com Pitta, a pressão sobre
ele prosseguiu na Câmara. Até
mesmo quando se dirigiu ao banheiro, foi seguido por vereadores, porque havia o receio de uma
manobra. Se Bezerra fosse embora, oposição e situação ficariam
com três votos. O desempate seria
decidido pelo governista Mutran.
Bezerra entrou no banheiro seguido de oposicionistas e governistas. Estavam lá Gilson Barreto
e Dalton Silvano, do PSDB, Bruno
Feder e José Amorim, do PTB, e
Miguel Colasuonno (PMDB). Na
porta, ficou um policial militar da
Câmara. A reunião da comissão
até foi suspensa. Quando Bezerra
voltou, fez um pronunciamento e
confirmou seu voto.
Pitta afirmou que a estratégia do
governo, agora, será encaminhar
a cada um dos vereadores cópias
do relatório de Vita no qual o parlamentar contesta as acusações
apresentadas pela OAB.
"O resultado da comissão especial (quatro votos contra três) demonstra que a indefinição permaneceu até o último momento",
disse o prefeito. Pitta acredita que
conseguirá inverter a situação na
terça-feira, em plenário, quando
são necessários 33 votos para
aprovar a instalação de uma comissão processante que irá analisar o impeachment do prefeito.
"Vamos mostrar que não há fundamento para o prosseguimento
do processo", disse Pitta. "Estamos tranquilos, porque estamos
do lado da verdade e da Justiça."
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