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OBRAS
Promotoria apura desvio de verbas
Contratos de Maluf
serão investigados
da Reportagem Local
O Ministério Público do Estado
de São Paulo vai investigar a legalidade de contratos e de aditamentos de serviços de obras iniciadas na gestão do ex-prefeito
Paulo Maluf (93-96) para apurar
denúncias de superfaturamento e
de desvio de verbas por meio de
empresas fantasmas.
As empresas responsáveis pelos
serviços, CBPO e Constran, foram
notificadas ontem pela promotoria para que enviem todas as planilhas de custo e os pagamentos
executados pela prefeitura.
Para apurar as supostas irregularidades, a Procuradoria Geral de
Justiça nomeou quatro promotores para analisar as denúncias.
O principal ponto na investigação é a execução de quatro túneis
e de um viaduto (ainda em obras)
na gestão Maluf, que consumiram
cerca de R$ 918,51 milhões dos cofres públicos.
O edital das obras não previa a
construção do viaduto, conhecido
como "cebolinha".
O Ministério Público informou
que vai investigar o suposto envolvimento do ex-prefeito Paulo
Maluf, do ex-secretário de Obras
Reynaldo de Barros e do atual
prefeito, Celso Pitta, para quem
restou o pagamento das dívidas.
"A construção de viadutos não
estava prevista no edital. É a mesma coisa, se eu contrato um abacaxi, não posso depois entregar
uma banana", afirmou o vereador
Vicente Cândido (PT), que deve
entregar hoje à promotoria da Cidadania documentos que atestam
as irregularidades das obras.
Há pelo menos dois anos o vereador acompanha as obras iniciadas pelo ex-prefeito Paulo Maluf.
Outro lado
A assessoria de imprensa da
CBPO informou ontem que as denúncias são "infundadas e superficiais". A empresa informou que
não participou de nenhuma operação irregular e que todas as
obras estavam previstas no contrato e em aditamentos.
A CBPO informou ainda que vai
se limitar a passar notas à imprensa e não dará entrevistas.
(LILIAN CHRISTOFOLETTI)
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