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OUTRO LADO
Competência dos indicados é justificativa para contratações
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os familiares dos ministros e
os órgãos em que atuam negaram
que tenha havido ingerência
nas nomeações e as justificaram
argumentando competência
dos indicados.
A Casa Civil e a Fundação Nacional de Saúde disseram que as
nomeações das mulheres de José
Dirceu (Casa Civil), Maria Rita, e
Antonio Palocci (Fazenda), Margareth, foram analisadas pela Comissão de Ética Pública da Presidência. Baseada na lei 8.112/90,
que facilita a transferência de servidor cujo cônjuge passou a exercer função em outra localidade, a
comissão concluiu "pela inexistência de óbices de natureza ética"
nas nomeações.
A mulher de Palocci entrou na
Prefeitura de Ribeirão Preto como funcionária concursada em
2002. A de Dirceu é concursada na
Fundação Faria Lima, em São
Paulo. Segundo a Fazenda e a Casa Civil, os ministros não intervieram na nomeação dos cônjuges.
A assessoria da Eletronorte, onde trabalha como diretor o irmão
de Palocci, Ademar, afirmou que
o engenheiro é funcionário concursado de Furnas Centrais Elétricas desde 1987.
O Ministério do Desenvolvimento disse que a nomeação do
primo de Luiz Fernando Furlan,
Fernando, que é seu chefe de gabinete, foi submetida à consultoria
jurídica do ministério, que não
viu irregularidade.
O marido de Marina Silva (Meio
Ambiente), Fábio, afirmou que
foi convidado para o cargo pelo
senador Sibá Machado (PT-AC),
com quem trabalhou anteriormente, e negou influência da mulher na indicação.
A assessoria de Aldo Rebelo
(Coordenação Política) disse que
o ministro se absteve de votar na
reunião que escolheu sua mulher
para o cargo na Liderança do PC
do B. "Sou profissional, conheço a
história do partido, milito há muito tempo, então, acho que não deve haver cerceamento por eu ser
mulher de uma pessoa pública",
afirmou Rita Polli Rebelo.
A assessoria de Eduardo Campos (Ciência e Tecnologia) disse
que a mulher do ministro, Renata,
foi indicada com base na lei
8.112/90. Ela seria militante do
PSB, o que justificaria seu trabalho para deputados do partido.
Já a sobrinha de Walfrido Mares
Guia (Turismo), Luciana, teria
começado a trabalhar na Câmara
sem a interferência do tio, segundo a assessoria do ministério.
Os ministros Nilmário Miranda
(Direitos Humanos), Paulo Bernardo (Planejamento) e José
Fritsch (Pesca) não quiseram se
pronunciar.
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