|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Líderes do jogo do bicho vão para caça-níqueis
DA SUCURSAL DO RIO
Os caça-níqueis superaram as apostas do jogo do bicho e transformaram-se nos
últimos anos em um dos
principais negócios dos bicheiros do Rio.
Três dos chefões do bicho
presos pela PF ontem integravam a relação dos 14 contraventores condenados em
1993 a 14 anos de prisão pela
Justiça do Estado do Rio.
Acabaram cumprindo apenas três anos da pena.
Os presos ontem são aqueles que integram a cúpula da
contravenção no Estado: Antônio Petrus Kalil, o Turcão,
Aílton Guimarães Jorge, o
Capitão Guimarães, presidente da Liga das Escolas de
Samba, e Aniz Abraão David,
o Anísio, dirigente da escola
de samba Beija-Flor de Nilópolis, campeã do Carnaval.
Ontem, quando aguardavam a transferência da PF no
Rio para Brasília, os banqueiros se alimentaram de quatro pizzas que foram entregues no começo da noite. A
previsão é que um jatinho
fretado pela PF deixasse o
Rio por volta da meia-noite.
Depois que deixaram a cadeia, após três anos de prisão, os bicheiros passaram a
ter uma vida pública bem
mais reservada do que antes,
quando davam entrevistas,
apareciam na TV e circulavam pela noite carioca.
Com a decadência do jogo,
eles diversificaram as atividades. Muitos viraram sócios
camuflados de casas de bingo
e de cassinos no exterior.
Também passaram a importar os caça-níqueis (máquinas geralmente instaladas
em botequins) e os equipamentos de videobingo.
Embora ganhando menos
do que antes, os chefes mantiveram seus territórios.
(SERGIO TORRES)
Texto Anterior: PF prende desembargadores e cúpula do jogo ilegal no Rio Próximo Texto: Análise: Operação lembra Anaconda e traz lições Índice
|