São Paulo, sábado, 14 de abril de 2007

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Líderes do jogo do bicho vão para caça-níqueis

DA SUCURSAL DO RIO

Os caça-níqueis superaram as apostas do jogo do bicho e transformaram-se nos últimos anos em um dos principais negócios dos bicheiros do Rio.
Três dos chefões do bicho presos pela PF ontem integravam a relação dos 14 contraventores condenados em 1993 a 14 anos de prisão pela Justiça do Estado do Rio. Acabaram cumprindo apenas três anos da pena.
Os presos ontem são aqueles que integram a cúpula da contravenção no Estado: Antônio Petrus Kalil, o Turcão, Aílton Guimarães Jorge, o Capitão Guimarães, presidente da Liga das Escolas de Samba, e Aniz Abraão David, o Anísio, dirigente da escola de samba Beija-Flor de Nilópolis, campeã do Carnaval.
Ontem, quando aguardavam a transferência da PF no Rio para Brasília, os banqueiros se alimentaram de quatro pizzas que foram entregues no começo da noite. A previsão é que um jatinho fretado pela PF deixasse o Rio por volta da meia-noite.
Depois que deixaram a cadeia, após três anos de prisão, os bicheiros passaram a ter uma vida pública bem mais reservada do que antes, quando davam entrevistas, apareciam na TV e circulavam pela noite carioca.
Com a decadência do jogo, eles diversificaram as atividades. Muitos viraram sócios camuflados de casas de bingo e de cassinos no exterior. Também passaram a importar os caça-níqueis (máquinas geralmente instaladas em botequins) e os equipamentos de videobingo.
Embora ganhando menos do que antes, os chefes mantiveram seus territórios.
(SERGIO TORRES)


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