São Paulo, segunda-feira, 14 de abril de 2008 |
Próximo Texto | Índice
Painel RENATA LO PRETE painel@uol.com.br Fazer o quê?
Apesar da falta de disposição para investigar a fundo
os gastos com cartões corporativos, governistas da
CPI mista admitem que terão pouca chance de usar o
rolo compressor para barrar os depoimentos dos
eventuais responsáveis pela elaboração e pela divulgação do dossiê sobre as despesas pessoais de FHC e
da ex-primeira-dama Ruth Cardoso. Intocável. A preocupação dos governistas, agora, é manter a oposição longe dos gastos pessoais de Lula e da primeira-dama Marisa Letícia. Um dos pontas-de-lança da oposição na CPI mista, o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) insiste com a base aliada em que é preciso pelo menos "checar" tais dados. Assim não. Nos bastidores, Legislativo e Judiciário estão pressionando o Executivo a rever a decisão de encerrar até junho todas as contas tipo B, modalidade de suprimento de fundos mais antiga e menos transparente do que os cartões corporativos. Game over. Com duas medidas provisórias votadas por semana na Câmara, ritmo adotado pela direção da Casa, a pauta só será destrancada em junho, mês das convenções partidárias. Isso se o governo não editar novas MPs em abril e maio -no que poucos acreditam. Em julho haverá recesso branco, e, depois, só campanha eleitoral.
Nem aí. Se já é difícil o
Congresso aprovar projetos
de iniciativa dos parlamentares, aqueles sugeridos pela
população estão às moscas. As
reuniões da Comissão de Legislação Participativa da Câmara dificilmente dão quórum, mesmo às quartas-feiras. Existem pelo menos cem
propostas de lei à espera de
parecer de seus integrantes. Lenha. Do ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional), que cobrava de petistas apoio à reeleição de João Henrique (PMDB) em Salvador, sobre as declarações pró-candidatura própria de dirigentes da sigla aliada. "Esperava do PT a mesma lealdade que tenho com o presidente. Mas pelo jeito é pedir muito". Oportunidade. O DEM da Bahia prepara encontro no dia 24 para lembrar os dez anos da morte de Luís Eduardo Magalhães. Pela segunda vez no ano, a cúpula da sigla baixará em peso em Salvador para alavancar a candidatura de ACM Neto à prefeitura. Em aberto. A ala do PT de Goiânia contrária à aliança com o PMDB de Íris Resende recorreu da decisão da sigla de apoiar a reeleição do prefeito. Tentará emplacar uma candidatura própria até sábado.
Água e óleo. O Planalto
indicou para a vice-liderança
do governo na Câmara Gastão
Vieira (PMDB-MA), candidato do clã Sarney à Prefeitura
de São Luís e adversário histórico do PT maranhense. Do líder do PPS na Câmara, FERNANDO CORUJA (SC), sobre a "ameaça", feita pelo presidente em encontro com senadores do PDT, de romper com o PT caso o partido empunhe a bandeira do terceiro mandato. Contraponto Meus pêsames
Com o plenário do Senado quase vazio, Arthur Virgílio
pediu a palavra, dias atrás, para propor um "voto de
aplauso" a um desembargador do Amazonas que acabara
de se aposentar. Além de elogiar sua trajetória, o tucano
criticava a obrigatoriedade da aposentadoria aos 70 anos,
"quando o homem tem tudo para estar produzindo". |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |