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O GOVERNISTA
Renan nega
venda de apoio
ao governo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O líder do PMDB no Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL), negou que o partido estivesse trocando apoio ao governo por cargos e evitou polemizar com as declarações do deputado Geddel
Vieira Lima (PMDB-BA). Segundo Renan, o PMDB não entrará
em "crise existencial".
Pergunta - Alguns deputados saíram dizendo que o partido está se
vendendo para o governo.
Renan Calheiros - Imagina... O
PMDB é a maior instituição partidária congressual e não iria apequenar sua relação com o governo numa relação fisiológica por
cargos. O PMDB quer dividir responsabilidades, participar da formulação, monitorar cada uma das votações do Congresso Nacional, ajudar na defesa, montar a maioria de que o país precisa.
Qualquer participação mais efetiva ficará para depois. Se a decisão
do PMDB for a de participar do
governo, claro que o PMDB terá
uma participação proporcional
ao seu tamanho e ao seu prestígio.
Pergunta - Mas há dissidências
sobre a participação do PMDB no
governo.
Renan - O PMDB não terá crise
existencial. É um partido grande,
democrático, tem múltiplas correntes, mas depois que o PMDB
decidir, decidiu e acabou. O sentimento majoritário do partido,
quase unânime, é de apoio ao governo e às reformas. O partido terá disciplina como meta partidária. É esse o objetivo da reunificação que nós queremos.
Pergunta - O presidente convidou
o partido para a base?
Renan - O presidente fez um
apelo para que o PMDB ajudasse
na aprovação das reformas. Dissemos a ele que iríamos discutir
ponto a ponto. Ele concordou. O
PMDB tem compromisso com o
Brasil. O presidente disse que gostaria [da participação], mas que
entendia a realidade partidária.
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