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Toda Mídia
Nelson de Sá
O cruzado e as imagens
"O rotweiler de Deus", como repisou José Simão em
vídeos do UOL,
foi perseguido pela ironia nesta sua
"primeira cruzada", na expressão do "La Reppublica".
Enquanto a Globo se dobrava para "Sua Santidade",
Tutty Vasques, no iG,
falava dos "cachecóis lindos" de
Ilze Scamparini: "O cachecol de Renato Machado
abre crise na Globo. Ilze ameaçou voltar para a Itália".
Sobrou humor até no exterior. O site Spoof
deu a manchete "O Papa Mágico", capaz de "transformar
pessoas em santos e pequenas criaturas de madeira só
de olhar para elas e dizer as palavras mágicas", e ouviu
o Criador, que defendeu os papas: "É um pessoal OK,
até mesmo aquele alemão". E o "Financial Times"
deu a longa reportagem, traduzida no UOL,
"Papa reaviva a fé dos fabricantes de imagens". Ouviu de um que "as
pessoas estão mais espiritualizadas, um homem veio
de Blumenau e comprou 150". E ironizou a "feroz"
competição chinesa, com imagens a US$ 0,50 quando,
diz outro, "não podemos fazer por menos de 1,35".
BENTO VS. JOÃO PAULO
Todd Benson, da Reuters,
relatou que Bento 16 "não
escapou da difícil comparação com o antecessor", desde a chegada fria até as multidões "abaixo do esperado", por sua "falta de apelo como estrela".
Ouviu, de fiéis como Maria José, 79, "eu tenho saudades [de João Paulo 2º], este só está esquentando a cadeira". Para outra, "ele nos amava, ele
podia não gostar de tudo o que fazíamos, mas ele nos amava".
O PAPA DOBROU LULA
A coluna Brasília Online,
na Folha Online, destacou que, para "não hostilizar a Igreja", Lula avisou "aos principais ministros que o governo não vai participar de articulação para realizar um plebiscito" sobre a ampliação do direito ao aborto no país. E cobrou, por auxiliar, que seu ministro da Saúde "falasse menos".
Qualquer iniciativa sobre a questão teria agora que vir do Congresso ou sociedade civil.
O ATEU
Christoph Niemann - nytimes.com
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O papa dividiu suas edições nos EUA com o lançamento
de "God Is Not Great", Deus não é grande, de Christopher
Hitchens (Warner Books). Na resenha de ontem no "New York Times"
(ilustração acima), o também jornalista Michael Kinsley elogia o "velho ateu da vila", Hitchens, que "escreveu com brio e ironia", além de erudição, contra a "religião que tudo envenena" -subtítulo do livro em que "provar a não-existência de Deus (ao menos o bastante para ele e para mim) é somente o começo".
JUSTIÇA?
Dividiu a imprensa de Londres, com eco pelo mundo, a decisão inglesa de não punir nem administrativamente os policiais que assassinaram o brasileiro Jean Charles de Menezes com sete tiros na cabeça, quase dois anos atrás. Nos tablóides, o conservador "Sun"
apenas noticiou, mas o populista o "Mirror"
destacou no título, em maiúsculas, "Vocês chamam isso de Justiça?". A mesma divisão, mas atenuada, se repetiu entre o "Telegraph"
e o "Guardian".
Nos EUA, "NYT"
e outros noticiaram com um tom crítico, ouvindo a família e membros da campanha Justice4Jean.
JAPÃO LIVRE
Em destaque ontem no site de edição compartilhada Digg
e outros, a notícia
de que o governo japonês vai adotar o software livre, a exemplo do brasileiro, veio com detalhes como o investimento de US$ 10,4 bilhões a ser realizado para tanto, só no próximo
ano -e a fila de candidatos a fornecedor que se formou, com Oracle, IBM, HP, Dell.
O Japão "explicitamente afirma que quer diminuir sua dependência da Microsoft".
WII NACIONAL
Na blogosfera "indie", por aqui, ecoou sem parar no fim de semana que a Nintendo, do console de games Wii, o mais vendido no mundo, vai abrir fábrica em Santa Catarina. A notícia surgiu no meio de um texto do "Diário Catarinense"
em que o governador atacou a Polícia Federal pela operação Moeda Verde -e aproveitou para mencionar a instalação.
Daí foi para um fórum de games,
para o blog Judão e os demais, Jogatina,
MeioBit etc.
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@ - Nelson de Sá
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