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Para PF, pedido de dinheiro a Servo já é crime
DA AGÊNCIA FOLHA
DO ENVIADO A CAMPO GRANDE
Um investigador da Polícia Federal avalia que
apenas o fato de Genival
Inácio da Silva, o Vavá, pedir dinheiro ao empresário de jogos Nilton Cezar
Servo, como mostram gravações feitas ao longo da
investigação, já é suficiente para indicar crimes de
tráfico de influência e exploração de prestígio por
parte do irmão do presidente Lula.
O mesmo investigador,
que trabalha no inquérito,
diz que, pelo Código Penal,
apenas "solicitar" dinheiro já é considerado crime.
Segundo ele, na concepção da polícia, Vavá não
era um lobista, pois não
conseguia "passar da porta
dos ministérios".
A PF também diz que a
conduta de Vavá não envolve Lula nem órgãos do
governo porque ele teria
prometido, mas não conseguido fazer lobby.
Ex-secretária de Servo,
Edna de Souza Costa disse
à PF que seu patrão "ajudava financeiramente"
Vavá e que ele "nunca pagava os empréstimos tomados de Nilton Cezar".
Ela e o patrão foram presos pelos policiais.
Servo, que levaria pessoas interessadas em
lobby até Vavá, continua
detido por seu suposto envolvimento com a máfia
dos caça-níqueis.
Edna disse que viu Servo depositando quantias
de R$ 300 a R$ 1.000 na
conta de uma terceira pessoa, mas "que seria em
prol" de Vavá. Conforme a
PF, Servo depositava o dinheiro das máquinas caça-níqueis na conta de Edna.
Em abril, ela sacou R$ 40
mil sem autorização, mas
foi obrigada por Servo a
devolver o dinheiro dentro
do banco.
Ex-gerente de Servo,
Andrei Cunha, que entrou
no benefício de delação
premiada, afirmou que
"tem conhecimento de
que [Servo] chegou a dar
R$ 3.000 a Vavá".
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