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São Paulo, segunda-feira, 14 de julho de 2003

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Quarup terá índios de fora do Xingu

DA REDAÇÃO

Na noite de 19 para o dia 20 de julho, uaurás, cuicuros, suiás, entre outras etnias do Xingu, vão de barco, de canoa, a pé, de bicicleta ou de moto até a aldeia iaualapiti para participar do Quarup de Orlando Villas Bôas (1914-2002).
O Quarup é uma cerimônia de celebração dos mortos. Segundo a viúva Marina Villas Bôas, 65, pela primeira vez, participarão do ritual etnias que não vivem no parque. "Nosso luto termina com o Quarup, assim como é para os índios", diz Noel Villas Bôas, 28, o filho caçula. A família planeja criar uma fundação para cuidar do acervo acumulado nos anos em que os Villas Bôas viveram no Xingu. Em 2004, a editora FTD lança a autobiografia de Orlando.
Disfarçados de caboclos analfabetos, os irmãos (Leonardo, Cláudio e Orlando) Villas Bôas integraram a Expedição Roncador-Xingu -órgão de vanguarda da Fundação Brasil Central- em 1943. Nos 24 anos da FBC, expedicionários abriram 1.500 km de picadas, navegaram 1.000 km de rios, criaram 19 campos de pouso e fundaram mais de 30 cidades. A intenção era ligar a região entre o Centro-Oeste e a Amazônia.


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