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Quarup terá índios de fora do Xingu
DA REDAÇÃO
Na noite de 19 para o dia 20 de
julho, uaurás, cuicuros, suiás, entre outras etnias do Xingu, vão de
barco, de canoa, a pé, de bicicleta
ou de moto até a aldeia iaualapiti
para participar do Quarup de Orlando Villas Bôas (1914-2002).
O Quarup é uma cerimônia de
celebração dos mortos. Segundo a
viúva Marina Villas Bôas, 65, pela
primeira vez, participarão do ritual etnias que não vivem no parque. "Nosso luto termina com o
Quarup, assim como é para os índios", diz Noel Villas Bôas, 28, o
filho caçula. A família planeja
criar uma fundação para cuidar
do acervo acumulado nos anos
em que os Villas Bôas viveram no
Xingu. Em 2004, a editora FTD
lança a autobiografia de Orlando.
Disfarçados de caboclos analfabetos, os irmãos (Leonardo, Cláudio e Orlando) Villas Bôas integraram a Expedição Roncador-Xingu -órgão de vanguarda da
Fundação Brasil Central- em
1943. Nos 24 anos da FBC, expedicionários abriram 1.500 km de picadas, navegaram 1.000 km de
rios, criaram 19 campos de pouso
e fundaram mais de 30 cidades. A
intenção era ligar a região entre o
Centro-Oeste e a Amazônia.
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