FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM PRESIDENTE PRUDENTE

Alegando perseguição e parcialidade em suas decisões, o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) vai pedir à Corregedoria do Tribunal de Justiça de São Paulo o afastamento do juiz Atis de Araújo Oliveira da comarca de Teodoro Sampaio (672 km a oeste da cidade de São Paulo).
Oliveira decretou sexta-feira a prisão do principal líder do movimento no Pontal do Paranapanema, José Rainha Jr., 43, e outros quatro integrantes do MST por furto e formação de quadrilha durante invasão da Fazenda Santa Maria, no mesmo município, ocorrida em junho de 2000.
Um deles é Felinto Procópio dos Santos, o Mineirinho, detido com Rainha no mesmo dia. Cledson Mendes da Silva, Márcio Barreto e Sérgio Pantaleão estão foragidos.
O juiz não concede entrevistas. É o segundo mandado de prisão decretado por Oliveira contra Rainha em menos de um ano -o primeiro foi em setembro passado.
O dirigente estadual do MST Gilmar Mauro, 36, informou que a representação judicial pode ser encaminhada hoje. Advogados do MST vão ingressar no Tribunal de Justiça com pedido de habeas corpus para libertar Rainha e Mineirinho.
Também hoje, às 14h30, estão marcados os depoimentos de Rainha e lideranças do MST. Eles serão ouvidos por Oliveira e acompanhados pelo advogado do MST e deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) e pelo ouvidor agrário nacional, Gercino Silva Filho.
O Diretório Nacional do PT aprovou ontem uma moção pela libertação de José Rainha. Em nota, o diretório considera sua prisão "uma verdadeira provocação com a legítima luta dos trabalhadores sem-terra".
(CRISTIANO MACHADO)


Texto Anterior: Sem-terra anunciam cadastramento
Próximo Texto: Panorâmica - Primeira greve: Servidores apostam em manifestações para ampliar adesão à paralisação
Índice