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ELEIÇÕES 2004/RECURSOS
Partido planeja gastar R$ 53,3 milhões em 8 de 9 maiores cidades; PFL surge em 2º
PT projeta a campanha mais cara nas principais capitais
DA AGÊNCIA FOLHA
O Partido dos Trabalhadores
planeja gastar R$ 53,3 milhões nas
campanhas a prefeito de oito das
maiores capitais do país, de acordo com levantamento feito pela
Folha em nove delas. Sua previsão é a mais ambiciosa entre todos os partidos. Depois do PT,
que não terá candidato em Manaus, surgem o PFL e o PSDB.
O PFL, que disputa em sete das
nove maiores capitais, espera gastar R$ 29,63 milhões. O PSDB,
com candidato em apenas quatro
delas, estima investir R$ 24,5 milhões. O PSB, que concorre em
cinco das nove maiores, projeta
custos de R$ 20 milhões.
Em São Paulo, Rio, Salvador e
Recife, o PT prevê fazer a campanha mais cara, posto que cabe ao
PSB em Belo Horizonte, ao PC do
B em Fortaleza, ao PL em Curitiba, ao PP em Porto Alegre e ao
PFL em Manaus.
Em São Paulo, PT e PSDB prevêem gastar R$ 15 milhões cada
um. Ou seja, sem contar São Paulo, a previsão de gastos do PT nas
maiores capitais cai para R$ 38,3
milhões, e a do PSDB, para R$ 9,5
milhões; a do PFL se mantém em
R$ 29,63 milhões.
A maior parte do dinheiro é gasto nos programas do horário gratuito e em papel.
O levantamento considerou
apenas os partidos dos candidatos que encabeçam as chapas e
não levou em conta as coligações.
Entre as nove capitais, o PT só
não tem candidato próprio em
Manaus, onde apoia o PC do B,
cuja candidata é a deputada federal Vanessa Grazziotin.
O PFL só não lançou candidato
em São Paulo, onde apóia a candidatura de José Serra (PSDB), e no
Recife, onde está coligado com o
PMDB do deputado federal Carlos Eduardo Cadoca. O PSDB é
cabeça de chapa em apenas quatro capitais (São Paulo, Fortaleza,
Curitiba e Manaus).
Agora que está no governo federal, o PT anunciou ontem em Brasília que estará atento aos caixas
municipais de campanha e que,
de acordo com uma resolução interna, definiu que só receberá dinheiro de empresas legalizadas e
de pessoas físicas identificáveis.
Segundo Alceni Guerra, coordenador-geral do PFL para a eleição, a orientação da direção nacional do partido aos candidatos é
que tentem ser fiéis a suas previsões de gastos.
"Dizemos que é fácil checar a
evidência entre a exteriorização
do gasto e o que foi declarado",
diz Alceni, que foi ministro da
Saúde no governo Collor (90-92).
Para o secretário-geral do
PSDB, deputado federal Bismarck
Maia (CE), o não-crescimento da
economia brasileira vai refletir no
volume de doações para as campanhas eleitorais. "O dinheiro
que planejamos gastar será o suficiente para colocarmos as candidaturas na rua. O povo não está
mais para grandes comícios."
O tucano diz que o fato de não
estar mais no governo federal não
deve influenciar a arrecadação
dos candidatos do partido. "Em
2002 saímos da eleição devendo",
disse Maia.
(SÍLVIA FREIRE, PAULO PEIXOTO, LUIZ FRANCISCO,
KAMILA FERNANDES, JOSÉ MASCHIO, LÉO GERCHMANN e KÁTIA BRASIL)
Colaboraram a Sucursal do Rio, a Sucursal de Brasília e a Reportagem Local
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