São Paulo, quarta-feira, 14 de julho de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ELEIÇÕES 2004/RECURSOS

Partido planeja gastar R$ 53,3 milhões em 8 de 9 maiores cidades; PFL surge em 2º

PT projeta a campanha mais cara nas principais capitais

DA AGÊNCIA FOLHA

O Partido dos Trabalhadores planeja gastar R$ 53,3 milhões nas campanhas a prefeito de oito das maiores capitais do país, de acordo com levantamento feito pela Folha em nove delas. Sua previsão é a mais ambiciosa entre todos os partidos. Depois do PT, que não terá candidato em Manaus, surgem o PFL e o PSDB.
O PFL, que disputa em sete das nove maiores capitais, espera gastar R$ 29,63 milhões. O PSDB, com candidato em apenas quatro delas, estima investir R$ 24,5 milhões. O PSB, que concorre em cinco das nove maiores, projeta custos de R$ 20 milhões.
Em São Paulo, Rio, Salvador e Recife, o PT prevê fazer a campanha mais cara, posto que cabe ao PSB em Belo Horizonte, ao PC do B em Fortaleza, ao PL em Curitiba, ao PP em Porto Alegre e ao PFL em Manaus.
Em São Paulo, PT e PSDB prevêem gastar R$ 15 milhões cada um. Ou seja, sem contar São Paulo, a previsão de gastos do PT nas maiores capitais cai para R$ 38,3 milhões, e a do PSDB, para R$ 9,5 milhões; a do PFL se mantém em R$ 29,63 milhões.
A maior parte do dinheiro é gasto nos programas do horário gratuito e em papel.
O levantamento considerou apenas os partidos dos candidatos que encabeçam as chapas e não levou em conta as coligações.
Entre as nove capitais, o PT só não tem candidato próprio em Manaus, onde apoia o PC do B, cuja candidata é a deputada federal Vanessa Grazziotin.
O PFL só não lançou candidato em São Paulo, onde apóia a candidatura de José Serra (PSDB), e no Recife, onde está coligado com o PMDB do deputado federal Carlos Eduardo Cadoca. O PSDB é cabeça de chapa em apenas quatro capitais (São Paulo, Fortaleza, Curitiba e Manaus).
Agora que está no governo federal, o PT anunciou ontem em Brasília que estará atento aos caixas municipais de campanha e que, de acordo com uma resolução interna, definiu que só receberá dinheiro de empresas legalizadas e de pessoas físicas identificáveis.
Segundo Alceni Guerra, coordenador-geral do PFL para a eleição, a orientação da direção nacional do partido aos candidatos é que tentem ser fiéis a suas previsões de gastos.
"Dizemos que é fácil checar a evidência entre a exteriorização do gasto e o que foi declarado", diz Alceni, que foi ministro da Saúde no governo Collor (90-92).
Para o secretário-geral do PSDB, deputado federal Bismarck Maia (CE), o não-crescimento da economia brasileira vai refletir no volume de doações para as campanhas eleitorais. "O dinheiro que planejamos gastar será o suficiente para colocarmos as candidaturas na rua. O povo não está mais para grandes comícios."
O tucano diz que o fato de não estar mais no governo federal não deve influenciar a arrecadação dos candidatos do partido. "Em 2002 saímos da eleição devendo", disse Maia. (SÍLVIA FREIRE, PAULO PEIXOTO, LUIZ FRANCISCO,
KAMILA FERNANDES, JOSÉ MASCHIO, LÉO GERCHMANN e KÁTIA BRASIL)


Colaboraram a Sucursal do Rio, a Sucursal de Brasília e a Reportagem Local


Texto Anterior: Painel
Próximo Texto: PT abandona previsões para eleições
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.