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PT abandona previsões para eleições
EDUARDO SCOLESE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
No dia em que divulgou documento com balanço de candidaturas para a sucessão municipal, o
PT decidiu abandonar as metas
quantitativas para as eleições. "A
partir de hoje, o PT não fixa números", afirmou o presidente nacional do partido, José Genoino,
na sede do PT em Brasília.
Em meados de 2003, o partido
falava abertamente em ao menos
800 prefeitos em 2004. Com a
queda da aprovação do governo
Lula, a meta foi diminuindo.
Os números variavam de acordo com quem fazia a previsão. Em
novembro, o presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP),
dizia: "Acho possível que o PT eleja uns 800 prefeitos". À época, Delúbio Soares, secretário nacional
de Finanças do PT, falava em 600.
Em 2000, o PT ficou com 187 cidades, contra 1.257 do PMDB, 1.029
do PFL e 990 do PSDB.
Ontem, o partido divulgou um
"balanção" sobre a sucessão: o PT
terá 2.200 candidatos a prefeito
contra 1.316 em 2000, um avanço
de 65%. Em relação aos vereadores, o número subiu de 25,3 mil
para 33 mil -aumento de 30%.
Outra meta declarada era ampliar de 8 para 15 o número de capitais comandadas. Ontem, Genoino disse: "Vamos lutar para
manter as oito prefeituras e ampliar esse número. Agora não temos como quantificar isso", disse.
Apesar de abandonar as metas,
o partido faz projeções. A Folha
apurou que o PT quer se tornar,
no primeiro turno, o partido com
o maior número de votos nominais para prefeito. Em 2000, o PT
ficou em quarto lugar em todo o
país, com 11,9 milhões de votos. A
tese é atingir 15 milhões de votos.
Ao lado de Genoino, o secretário-geral do PT, Sílvio Pereira,
disse que a "concentração estratégica do partido é manter a presença nos grandes centros". O PT administra hoje 55 dos 236 municípios com mais de 100 mil habitantes. Sobre a eleição paulistana, o
presidente do PT disse se tratar da
"prioridade das prioridades".
A respeito do índice de rejeição
de Marta Suplicy (42%, segundo
Datafolha), Genoino minimizou:
"Rejeição a gente tira em campanha". Já sobre ajuda financeira, a
direção nacional disse que ajudará apenas na distribuição de broches e no pagamento de viagens
de lideranças, como ministros.
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