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SÃO PAULO
Alckmin teve votação apertada
Estado aprova LDO sob tumulto e agressões
VIRGILIO ABRANCHES
DA REPORTAGEM LOCAL
Em clima tenso, com a invasão
do plenário por estudantes e funcionários das universidades estaduais que estão em greve, a base
do governo Geraldo Alckmin
(PSDB) conseguiu aprovar ontem
a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) na Assembléia Legislativa de São Paulo.
A votação foi apertada. O governo conseguiu a aprovação por
apenas um voto a mais do que
precisava. A base aliada teve 49
votos -a metade do total mais
um-, contra 34 da oposição. A
Assembléia tem 94 deputados, e
84 compareceram. O presidente
da sessão, deputado Roque Barbiere (PTB), não votou. O presidente titular da Casa, Sidney Beraldo (PSDB), estava licenciado.
A sessão de ontem precisou ser
suspensa na metade, porque estudantes e funcionários de USP,
Unesp e Unicamp que assistiam à
votação invadiram o plenário aos
gritos de "Isso aqui vai virar um
inferno". Eles estão em greve pela
destinação de mais recursos às
universidades e acompanhavam a
votação para pressionar os deputados da base governista.
Houve tumulto e agressões físicas por parte de deputados, policiais e estudantes. A Polícia Militar interveio para retirar os estudantes do plenário (cerca de 280
faziam o protesto). Fora dele,
também houve tumulto. A PM
usou gás de pimenta para conter
os 600 manifestantes, segundo a
polícia. Ninguém ficou ferido.
As discussões sobre a LDO foram motivo de dor de cabeça para
o governador Geraldo Alckmin. A
lei, usualmente apreciada e votada no final de junho, prorrogou o
recesso parlamentar por quase 15
dias por causa de manobras da
oposição (a Casa não pode ter recesso enquanto não vota a LDO).
Na semana passada, os governistas não obtiveram quórum. A
Folha apurou que a disputa eleitoral esvaziou a base de Alckmin,
porque antes aliados (como PSB e
PL) apóiam adversários em São
Paulo -o PSB com Luiza Erundina e o PL, Marta Suplicy (PT).
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