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CRISE NO RIO
Assembléia não deve aprovar CPI contra Garotinho
DA SUCURSAL DO RIO
A Assembléia Legislativa do Rio
deve rejeitar hoje mais um pedido
de CPI contra o governador Anthony Garotinho (PSB), o sétimo
desde a semana passada.
O argumento dos deputados estaduais governistas é que as investigações sobre irregularidades na
Cehab (Companhia Estadual de
Habitação do Rio de Janeiro) já
estão sendo feitas pelo Ministério
Público, o que eliminaria a necessidade de uma apuração pela Assembléia. A CPI teve sua primeira
proposta em abril de 2000.
O último adiamento aconteceu
na semana passada, quando a
bancada de 23 deputados do
PMDB, que apóia o governador,
pediu mais informações para
analisar o pedido. A manobra serviu para que os deputados pudessem pressionar o governador a
atender suas reivindicações.
Na última sexta-feira, Garotinho recebeu individualmente os
50 deputados que lhe dão apoio.
O governador nega que tenha
agendado os encontros para barganha política e diz que as conversas serviram para discutir o cenário eleitoral em 2002. Garotinho é
pré-candidato à Presidência.
"Esses encontros servem para
agilizar as relações entre o Executivo e o Legislativo. Sempre digo
ao governador que os deputados
são seres humanos e, como qualquer ser humano, gostam de carinho", disse o líder do PMDB na
Assembléia, Paulo Melo.
O pedido de CPI foi reafirmado
a partir da divulgação das conclusões parciais de um processo do
Tribunal de Contas do Estado,
que apontou diversas irregularidades em obras do conjunto habitacional Nova Sepetiba, o maior
projeto social de Garotinho. Um
dos problemas apontados pelo
TCE é o fato de o edital de licitação ter sido enviado para sua análise após a escolha da empreiteira.
Na época, a Cehab era dirigida
por Eduardo Cunha, que é deputado estadual pelo PPB e produz
programa de rádio de Garotinho.
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