São Paulo, domingo, 14 de agosto de 2005

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Esquerda pensa em lançar chapa única em 2006

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A manifestação anti-governo na quarta-feira é uma espécie de balão de ensaio para uma candidatura única de esquerda entre partidos de oposição a Luiz Inácio Lula da Silva.
Há cerca de três meses uma série de legendas de esquerda com graus variados de radicalismo vem conversando regularmente -PSOL, PDT, PPS, PV, PSTU e PCB. Seus líderes não gostam de falar publicamente sobre aliança eleitoral, mas reservadamente admite-se que uma coligação seria a consequência natural.
Como em toda negociação que envolve a esquerda, há muitas dificuldades. A primeira é o excesso de pré-candidatos a presidente. O PSOL já lançou a senadora Heloisa Helena (AL), o nome mais forte do bloco.
Mas PDT, PPS e até PSTU não desistem de tentar suas próprias opções. No PDT, seria o senador Jefferson Perez (AM); no PPS, o deputado Roberto Freire (PE); no PSTU, o seu presidente nacional, José Maria Almeida.
"No momento a pauta é organizar o ato contra o presidente Lula e criar um movimento pelo país. Eleição presidencial é para daqui a seis meses", diz Almeida.
Dentro do bloco, alguns falam reservadamente que a chapa dos sonhos seria com Helena para presidente e Perez para vice, fazendo da ética a bandeira. A senadora não esconde o entusiasmo.
Mas há obstáculos de caráter ideológico. O bloco é bastante heterogêneo. O único traço comum é a repulsa ao PT. O PSTU, por exemplo, rejeita aliar-se a PPS, PV e PDT, "que não têm caráter de partido de massas".

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