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Esquerda pensa em lançar chapa única em 2006
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A manifestação anti-governo na quarta-feira é uma
espécie de balão de ensaio
para uma candidatura única
de esquerda entre partidos
de oposição a Luiz Inácio
Lula da Silva.
Há cerca de três meses
uma série de legendas de esquerda com graus variados
de radicalismo vem conversando regularmente
-PSOL, PDT, PPS, PV,
PSTU e PCB. Seus líderes
não gostam de falar publicamente sobre aliança eleitoral, mas reservadamente admite-se que uma coligação
seria a consequência natural.
Como em toda negociação
que envolve a esquerda, há
muitas dificuldades. A primeira é o excesso de pré-candidatos a presidente. O
PSOL já lançou a senadora
Heloisa Helena (AL), o nome mais forte do bloco.
Mas PDT, PPS e até PSTU
não desistem de tentar suas
próprias opções. No PDT,
seria o senador Jefferson Perez (AM); no PPS, o deputado Roberto Freire (PE); no
PSTU, o seu presidente nacional, José Maria Almeida.
"No momento a pauta é
organizar o ato contra o presidente Lula e criar um movimento pelo país. Eleição
presidencial é para daqui a
seis meses", diz Almeida.
Dentro do bloco, alguns
falam reservadamente que a
chapa dos sonhos seria com
Helena para presidente e Perez para vice, fazendo da ética a bandeira. A senadora
não esconde o entusiasmo.
Mas há obstáculos de caráter ideológico. O bloco é bastante heterogêneo. O único
traço comum é a repulsa ao
PT. O PSTU, por exemplo,
rejeita aliar-se a PPS, PV e
PDT, "que não têm caráter
de partido de massas".
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