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Painel
RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br
Força total
Gilberto Kassab (DEM), que no Datafolha demonstrou ser competitivo contra Marta Suplicy (PT) e capaz de criar embaraço ao líder Geraldo Alckmin
(PSDB), dispõe de pelo menos R$ 1 bi em caixa para
investir nos próximos meses, período em que será definido o grid da sucessão paulistana. Embora não pretenda anunciar tão cedo se vai concorrer, o prefeito
tem pela frente um cronograma de inaugurações de
fazer inveja a qualquer candidato: pelo menos 60 novas AMAs (postos de saúde incrementados concebidos ainda no período de José Serra), 41 BECs (centros
esportivos) e 23 CEUs (os escolões de Marta).
Para conquistar o eleitorado da ex-prefeita, Kassab
manteve vários de seus projetos em andamento, mas
cuidou de enfraquecer o peso das marcas petistas.
Onde pega. Daqui até a
eleição, Kassab tentará mostrar serviço na área de transportes, mal avaliada em sua
gestão depois de ter sido um
ponto forte na de Marta Suplicy, durante a qual foi implantado o bilhete único.
Escrete. Corintianos tentarão equilibrar forças na Câmara paulistana com os rivais
palmeirenses, que já contam
com Ademir da Guia (PR).
Sairão candidatos a vereador
o ex-goleiro Ronaldo (PPS) e o
ex-atacante Dinei (PDT).
Cobaia. O Supremo Tribunal Federal expediu ofício aos
advogados dos 40 denunciados no inquérito do mensalão
para avisar que a ordem de
julgamento seguirá a da peça
do procurador-geral da República, Antonio Fernando de
Souza. Assim, o ponto de partida será justamente a defesa
de José Dirceu.
Mãos cheias. Eduardo
Ferrão, advogado de Renan
Calheiros (PMDB-AL), terá
de dividir suas atenções, até
aqui voltadas para o presidente do Senado. É ele o titular da
defesa de dois denunciados
no caso do mensalão: o ex-ministro Luiz Gushiken e Pedro
Corrêa, deputado cassado e
ex-presidente do PP.
Romaria. Ex-prefeita de
Maceió, Kátia Born (PSB) fez
giro recente por Brasília em
busca de emprego na gestão
Lula. Secretária de Ciência e
Tecnologia de Teotônio Vilela
(PSDB), quer deixar o cargo
para fugir do desgaste do governador e de Renan.
Mau começo. A relação
entre Nelson Jobim e Milton
Zuanazzi foi para o brejo logo
na primeira reunião do Conac
dirigida pelo ministro da Defesa, que se sentiu ludibriado
pelo presidente da Anac -eles
haviam tido conversa prévia,
e só diante dos demais participantes Zuanazzi disse que determinada ordem de Jobim
seria impossível de cumprir.
Me aguarde. Quem conhece bem Jobim acha que
pode demorar, mas ele pega
Zuanazzi na esquina.
Bordão 1. Os deputados
mais afinados com o Planalto
chegam hoje a Brasília defendendo o "caráter social" da
CPMF: dos quase R$ 40 bi
anuais, repetem os líderes,
"R$ 15 bi vão para a saúde, R$
7,5 bi para o Bolsa Família e
R$ 6 bi para a Previdência".
Bordão 2. Contra os que
defendem a desoneração via
CPMF, os governistas mais
fiéis dizem que isso é assunto
para a reforma tributária, que
seria enviada ao Congresso
até o final de setembro. A redução dos encargos se daria
na folha de pagamento.
Outro lado. A assessoria
de Dilma Rousseff lembra que
a ministra da Casa Civil já esteve uma vez na Câmara e outra no Senado para falar do
PAC. Irá de novo à Câmara
tratar do assunto na segunda
quinzena de setembro e
"sempre que for convidada".
No laço. Tarso Genro já
não demonstra tanta disposição para ir ao Senado falar sobre o caso dos pugilistas cubanos. A pedido do correligionário Eduardo Suplicy (PT-SP),
o ministro da Justiça havia sido apenas convidado. Se ele
fizer corpo mole, dizem oposicionistas, será convocado.
Tiroteio
"Com ou sem Alckmin na disputa, Kassab terá de
ser candidato. Afinal, o Serra vai precisar de
alguém que defenda sua gestão na prefeitura."
Do vereador ANTONIO DONATO (PT-SP), ironizando a disputa entre
alckmistas, que apostam no ex-governador para a prefeitura paulistana, e serristas, apoiadores da reeleição de Gilberto Kassab (DEM).
Contraponto
Grande Irmão
Um grupo de vereadores foi ao Planalto, na semana passada, para audiência na Secretaria de Assuntos Federativos da Presidência da República. Na chegada, um pequeno adesivo com a sigla PV, indicativa de "visita ao palácio", foi colocado na lapela dos parlamentares.
Diante desse procedimento, Anésio Ferreira de Campos, de Cajamar, virou-se espantado para Sebastião Misiara, presidente da União de Vereadores de São Paulo:
-Bem que falam que aqui eles sabem de tudo!
-Como assim, Anésio?
-Olha só: eu não falei absolutamente nada e já colocaram até o nome do meu partido no paletó!
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