São Paulo, terça-feira, 14 de agosto de 2007 |
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Toda Mídia Nelson de Sá Jonathan vs. Guido
O correspondente Jonathan Wheatley, em curto post no FT.com, abriu o dia perguntando "quão livre de risco é o Brasil?" e criticando a "complacência" do ministro Guido Mantega na crise. Argumentou com o blog de Nouriel Boubin, professor da NYU para quem a crise global não seria de "liqüidez", mas de "crédito e solvência". Não tardou e Bernard Appy, da Fazenda, dizia à Folha Online que "o Brasil não é invulnerável, mas a nossa atual situação nos faz mais sólidos".
"Rupert deve estar orgulhoso", ironizou o "Guardian". É que seu "Wall Street Journal" deu o "furo" da saída de Karl Rove, o estrategista de George W. Bush. E foi em um artigo do editor de editoriais, tão ou mais conservador do que o próprio Rupert Murdoch, Paul Gigot, e não de um jornalista. Foi num texto intitulado "A marca de Rove", antes sobre seu legado pessoal -e a avaliação positiva do futuro eleitoral dos republicanos- do que sobre a queda de quem presidia de fato, segundo seus críticos, os EUA. CONTROLE ATÉ O FIM O site do próprio "WSJ" deu a notícia com despacho da AP e link para a entrevista feita pelo "editor da página editorial". Os sites de "New York Times" e "Washington Post", registre-se, também acrescentaram muito pouco sobre o "furo" sob controle. EXPLOSÃO BLOGUEIRA Mas houve uma "explosão blogueira", notou o "NYT". O democrata Daily Kos cobrou os escândalos e avisou que Rove pode receber "perdão". E Michelle Malkin, hoje a maior referência republicana, atacou sua "auto-ilusão" até no ato final, na tal entrevista. LULA E 10% DOS AMERICANOS Saiu sexta no site da Zogby, a agência espanhola Efe deu sábado, mas as agências anglo-americanas só entraram ontem. É a pesquisa que mostrou, no destaque da Zogby, que "a maioria dos americanos entende pouco sobre seus vizinhos latino-americanos". Para exemplificar, abrindo o texto, "apenas 10% disseram saber de Luiz Inácio Lula da Silva, presidente em segundo mandato do Brasil". México e Brasil apareceram como os "maiores aliados" dos EUA, mas a Colômbia, mais próxima, foi dada por "adversária".
O radialista Lula levou a queda do desmatamento ao topo das buscas sobre Brasil em Yahoo e Google, via BBC News etc. O "Guardian" destacou Marina Silva CUBA E O MAGO Com eco no blog de Lauro Jardim, Paulo Coelho fez no fim de semana, no "El Nuevo Herald" de Miami, um pesado ataque a Cuba. Se dizendo "contrário ao bloqueio dos EUA e amigo de Cuba", a quem cedeu seus direitos, cobrou pela primeira vez "eleições livres em Cuba". OUTRO MUNDO Artigo do diretor do Nixon Center cobrou respeito do país à ONU, ontem no "WP". Sublinhou que procurar só "democracias", como se ouve no país, é um erro -e lembrou que "Índia e Brasil, grandes democracias sob qualquer avaliação", não apóiam mais a "América intervencionista". Leia as colunas anteriores @ - Nelson de Sá Texto Anterior: Mensalão: STF autoriza o acesso a dados sigilosos dos 40 denunciados Índice |
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