São Paulo, sexta, 14 de agosto de 1998

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PAINEL

Novos parceiros
Um antigo colaborador do comitê financeiro de FHC jura que metade dos bancos e das empreiteiras que contribuíram na última campanha não estão dando dinheiro nesta. Afirma que foram substituídos por empresas que arremataram as teles.

Candidato ao Guiness
Já chegou a US$ 185 mil por família o custo de assentamento no projeto de irrigação de Itaparica (PE). O dado é de documento do Banco Mundial, que financia e faz duras críticas à gestão do programa, que é federal.


Bola de cristal
Aposta de ACM, feita em jantar, anteontem: seis ministros ficam se FHC ganhar a eleição. Malan (Fazenda), Paulo Paiva (Planejamento), Serra (Saúde) e Calheiros (Justiça) nas mesmas pastas. Paulo Renato (Educação) e Padilha (Transportes), em cadeiras diferentes.

Preparando terreno
FHC pediu a líderes governistas pressa para a votação do projeto que institui a fidelidade partidária. De preferência, logo após o 1º turno das eleições.

Dança dos números
Pesquisa Ibope divulgada ontem mostra que FHC, com 40% das intenções de voto, seria, hoje, reeleito no 1º turno. Seus adversários somam 34%: Lula, 23%, Ciro Gomes, 5%, Enéas, 4%, e outros, 2%. Brancos e nulos são 11%. E indecisos, 15%.

Dureza paulista
Há candidato a deputado federal, especialmente no PSDB e no PFL, pensando em desistir da disputa. Está faltando dinheiro para honrar dobradinhas com os candidatos a estadual.

Nuvem negra
Especialista em economia asiática e ex-diretor do BC, Paulo Yokota julga inevitável desvalorização do yuan, moeda chinesa. "O efeito na nossa economia seria uma barbaridade."

Avaliação corporativa
O PT fará ato semana que vem para a campanha dos candidatos à Câmara. O Diap deu nota 8,8 aos atuais deputados da sigla.

Guerra dos números
O PT acha que Marta Suplicy está na frente e não empatada em 11% com o tucano Covas, como mostrou pesquisa Ibope de terça. Estranha o fato de ela ter aparecido com 0% de intenção de voto na região de Ribeirão Preto. Em 28 de julho, o instituto lhe deu 7% na mesma área.

Posição oficial
Osvaldo Martins, coordenador de comunicação de Covas, nega que haja crise na campanha e afirma que não existe divergência sobre a estratégia de TV. "O slogan "Quem Compara Vota Covas', testado em pesquisa, é a linha da campanha."

Vapt-vupt
Covas e de Marta Suplicy optaram por ter mais comerciais de TV. Cada inserção terá apenas 15 segundos e não 30 segundos.

Alvo tucano
Acredita-se hoje, no time de Covas, que Maluf chegou ao seu piso, cerca de 20% nas pesquisas. A passagem do tucano para o 2º turno teria que ocorrer em cima de Francisco Rossi (PDT).

Agora é tarde
Se o senador Carlos Bezerra (PMDB-MT) for reeleito no meio do mandato, nada impede que o suplente Eloy de Almeida fique com o restante do tempo. Mesmo tendo sido declarado inelegível pelo TCU. A impugnação teria que ocorrer na diplomação, quando não havia a manifestação do tribunal.

Visita à Folha
O publicitário Mauro Salles, fundador e presidente do conselho da Salles DMB&B e secretário-executivo da comissão PFL 2000, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço.

Ronaldo Didini, pastor da Assembléia de Deus e candidato a deputado estadual pelo PPB paulista, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado do seu assessor direto, Walber Guerreiro, coronel da reserva do Exército.

TIROTEIO

De Waldeck Ornéllas (Previdência), sobre Padre Roque (PT-PR) ter dito que o ministro da Previdência, acusado de crime eleitoral, afirmou confiar que não seria punido pelo TSE por confundir o tribunal com a Justiça Eleitoral da Bahia, que não aceitou acusação de que sua eleição ao Senado em 94 foi uma fraude:
- Fraude é esse motoboy andar solto por aí usando o título de padre para injuriar irresponsavelmente todo mundo, inclusive o TSE.

CONTRAPONTO

Comentário oportuno
Há duas semanas, Vic Pires Franco (PFL-PA), o deputado que relatou a emenda da reeleição, esteve em Marabá (PA), onde foi a um comício de Jader Barbalho, do coligado PMDB.
Pouco antes do evento, Franco recebeu por telefone a informação de que seu pai, Vitor, fora internado em um hospital de Belém. O deputado manteve a sua programação, mas passou o comício todo cabisbaixo.
Uma mulher conhecida na região pelo nome de Flor-de-Lis, cabo eleitoral de Franco, notando que havia algo errado, se acercou dele e perguntou:
- Está tristinho, deputado, o que houve?
- Nada - escapou Franco.
Um outro cabo eleitoral explicou para Flor-de-Lis:
- O pai dele está no hospital.
Flor-de-Lis resolveu consolar Franco:
- Não se preocupe, deputado. Ele vai sair dessa. Vivo ou morto, mas ele sai.
Vitor Franco saiu e passa bem.



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