São Paulo, sexta, 14 de agosto de 1998

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ACM reage a suposta crítica de FHC contra o Congresso

Sergio Lima/Folha Imagem
O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, e a senadora Benedita da Silva, em sessão ontem


da Sucursal de Brasília

O presidente do Congresso, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), reagiu ontem à informação de que o presidente Fernando Henrique Cardoso iria criticar a instituição no programa que será veiculado no horário eleitoral gratuito, responsabilizando-a pelo que não foi possível fazer em seu mandato.
"Não creio que o presidente fará isso, ele tem tido toda a colaboração do Congresso. E o Congresso tem sido fiel ao Brasil e não ao presidente. O Congresso tem deveres com o Brasil acima do presidente", disse ACM.
O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), disse ontem ter ouvido de FHC, por telefone, que ele não atribuirá ao Congresso, na propaganda eleitoral na TV, a responsabilidade pelo que deixou de fazer em seu governo.
"Falei com o presidente e ele me disse que não há nada disso no programa eleitoral", disse Temer. "O presidente me assegurou que não disse nada", insistiu o presidente da Câmara.

Telefonema
ACM negou que tenha telefonado para o comitê de campanha de FHC para reclamar das peças publicitárias que estavam sendo feitas para o horário eleitoral.
"Não sei o telefone do comitê e nunca liguei para lá. Tenho o maior apreço pelo Euclides Scalco (coordenador da campanha de FHC), inclusive estamos organizando juntos a viagem que o presidente fará para a Bahia", disse.
ACM -que anunciou anteontem que a Casa só seria convocada em setembro "se houvesse necessidade"- disse ontem que tomou sua decisão "levando em conta a grande frequência de senadores que houve nesse período (primeiro semestre), esgotando todas as matérias".
Matérias polêmicas, como a rolagem de dívida de cinco Estados, não poderão ser votadas por causa do cancelamento das sessões deliberativas em setembro. Questionado sobre o que seria uma matéria importante o suficiente para justificar a convocação, ACM disse: "Que a Nação clame por ela".



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